Assim como na capital a Polícia Civil do Vale do Piancó cruzou os braços. Na sede da 6ª Delegacia Regional (foto), sediada em Itaporanga, e nas demais agentes e delegados já estão parados. Uma passeata, no começo da tarde de ontem marcou o início da greve unificada dos policiais civis, militares e delegados na Paraíba. Os policiais paraibanos estão se espelhando no movimento grevista dos policiais baianos, que estão com os braços cruzados desde o dia 28 de março. Ontem, a Justiça decretou a ilegalidade da greve dos policiais civis da Bahia e a volta imediata dos profissionais ao trabalho. O governo estadual da Paraíba entrou com o pedido de ilegalidade na noite de domingo.Os policiais civis e militares vão sair às ruas em nova passeata na tarde desta sexta-feira, 4. A informação foi dada pelo presidente da Associação dos Policiais Civis da Paraíba, Aspol, Flávio Moreira. Ele acrescentou que as negociações dos grevistas com a Secretaria de Segurança do Estado não avançaram e que a proposta de reajuste de 9,21% parcelados em duas vezes foi rejeitada durante a assembléia da categoria. “Esse percentual não cobriria sequer as perdas causadas pela inflação”, disse Flávio. Já o presidente do Sindicato dos Delegados, Isaías Olegário, declarou: “Nós estamos aguardando uma nova proposta. Esperamos pelo diálogo e, enquanto isso, a mobilização continua”.
Enquanto não há uma solução para o impasse, representantes dos agentes, delegados e policiais civis e também da polícia militar continuam uma vigília na Praça João Pessoa. Segundo Flávio Moreira, a adesão ao movimento é total em todo o Estado, como no Vale do Piancó (foto). Ontem, cerca de dois mil policiais fizeram uma passeata pelas ruas do Centro de João Pessoa, em protesto contra o não atendimento das reivindicações da categoria. A manifestação causou um grande congestionamento do trânsito no local e desviou o curso dos automóveis e ônibus que circulam pelo centro da capital paraibana.
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