Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

terça-feira, 22 de abril de 2008

Preso pelo MP e SEDS na operação "João Grilo", acusado de 'Charlatanismo', o Professor Saturno se diz vítima de 'armação' em carta enviada ao Blog.

Na noite de ontem recebi uma ligação, direto da cidade de Fortaleza-CE, do radialista Ricardo de Oliveira (foto), conhecido como Professor Saturno, solicitando-me espaço para um Direito de Resposta ao que considera uma "Uma Armação" o que fizeram com ele no dia 7 de setembro do ano ano passado, quando foi preso na cidade de Conceição por acusação de "Charlatanismo" na operação "João Grilo" desencadeada pelo Ministério Público e pela Secretaria Estadual de Defesa Social da Paraíba. A ação foi publicada, a partir daqui do Vale, em todos os portais de noticias do estado, bem como, ganhou destaque na TV Cabo Branco/Paraíba, afiliadas da Rede Globo. Confira: Acusado de charlatanismo é preso em operação desencadeada pelo MP e SESDS
O Professor Saturno esteve preso por vários meses mas já se encontra em sua residência na capital cearense, buscando agora como resgatar um pouco da imagem abalada com o fato. Vejam a seguir as declaração e defesa do Professor Saturno em correspondência enviada ao Blog.
"Caro jornalista Ricardo Pereira;
Obrigado por me conceder o direito de resposta.

Carta aos meus consulentes e amigos
Queridos amigos;
Sei que durante os sete meses em que estive cruelmente encarcerado, muito de vocês rezaram e oraram por minha pessoa. Quero aqui agradecer as centenas de cartas de apoio e solidariedade que recebi durante os sete meses em que estive detento. Queridos Amigos, muito obrigado. A confiança que demonstraram em minha pessoa, apesar da mídia ter me difamado e tentado arruinar com a minha imagem, foi de grande valia e me deu força para suportar todo aquele sofrimento. Foram sete meses em que mergulhei profundamente em minha espiritualidade e posso dizer a todos que os que tentaram sufocar a minha fé e o meu dom, só conseguiram com isso fortalecê-la e engrandecê-la, me tornando um homem ainda mais voltado para a missão que deus me desiguinou.
Queridos Amigos, neste momento, graças a deus, me encontro livre das amarras de ferro daquela cela, mais continuo preso ás dúvidas sobre a quem de fato interessava a minha prisão. Este pensamento não me deixa em paz. Quero saber o porquê! A quem eu fiz mal? A quem eu prejudiquei?
Amigos, em mais de vinte anos no cumprimento de minha missão, jamais encontrei alguém que viesse reclamar sobre minha conduta espírita. Porque fizeram isso comigo? Quem saiu ganhando com essa história toda?
O circo estava armado. Me prenderam ás dez horas da manhã e ao meio dia minha prisão já tinha sido noticiada no telejornal da globo. O incrível é que me prenderam á quase quinhentos quilômetros da capital e duas horas depois já estava noticiado em um telejornal. No dia seguinte eu virei manchete dos maiores jornais dos estados da Paraíba e Pernambuco. A quem interessava tudo isso? Quem lucrou com tudo isso? Essa pergunta não quer calar. Passei sete meses preso juntamente com meus funcionários, acusado de formação de quadrilha, estorção, charlatanismo e curandeirismo. Então vamos por parte:
01- Que quadrilha é esta que seus membros trabalham em firma legalmente constituída, com carteira assinada e endereço fixo? Que quadrilha é esta que todos os membros são “primários”, com fixa policial limpa, sem jamais nenhum deles tido sequer uma passagem pela policia? Que quadrilha é esta que paga impostos e divulga na rádio a data e o local em que estará diariamente?
02- A quem eu estorquí? Mesmo o delegado tendo ido á rádio depois da minha prisão convocar a população para ir depor contra minha pessoa, jamais apareceu alguém provando que tinha sido vitima de estorção pela minha pessoa.
03- Curandeirismo. A quem eu prescrevi qualquer tipo de medicação? A quem eu mediquei? A quem eu vendi qualquer tipo de medicamento ou remédios? Nunca apareceu!
04- Charlatanismo. Mesmo diante de minhas dezenas de diplomas e certificados emitidos pelas federações espíritas, umbandistas e de candomblé, ainda assim as autoridades da Cidade de Conceição me chamaram de charlatão. Á propósito disso, eu gostaria de saber que tipo de aparelho essas autoridades usam para medir o meu dom ou de quem quer que seja. Com que propriedade eles julgam os dons alheios? O que eles entendem de espiritismo e de espiritualidade? O que sabem de umbanda? O que conhecem sobre o candomblé? Nenhum comendador da umbanda, nenhum espiríta, ninguém que realmente tivesse autoridade para discutir sobre espiritualidade foi convocado ou questionado a meu respeito.
Falaram sobre o meu “alto padrão” de vida. Sequer tiveram o trabalho de me perguntar a quanto tempo eu sou radialista e como ganho a vida. Saibam todos que como radialista, vendo anúncios em meus programas, tenho clientes fixos que anunciam comigo á muitos e muitos anos. Tinha programas em vinte e seis emissoras, agora multipliquem isso pelo número de anunciantes e vejam que não é tão difícil descobrir de onde vinha o meu “alto padrão” de vida. Resultado, meus amigos, de quem trabalhava de domingo á domingo de seis da manhã ás dez horas da noite.
Amigos, em sete meses nada vezes nada foi provado contra mim. Quebraram meu sigilo bancário, meu sigilo telefônico e meu sigilo fiscal. Ainda assim, nada encontraram que pudesse desabonar a minha conduta. Convocaram a população para depor contra mim e ainda assim, nada conseguiram provar. Pelo contrário, o depoimento delas só me beneficiou.
Sendo assim termino a minha narração e ratifico os agradecimentos aos meus consulentes que mesmo diante de tantas calunias, jamais me abandonaram ou colocaram em cheque a minha verdade.

Professor Saturno"

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