
Segundo o coordenador do projeto, Jorge Cazé Filho, o umbuzeiro, de tronco muito grosso e raízes fora da terra, além da sua importância social e econômica para as regiões produtoras, é uma espécie nativa que apresenta extrema resistência à seca. O pesquisador explica que essa resistência é assegurada por mecanismos fisiológicos, principalmente o acúmulo de água, pelos xilopódios, na época das chuvas e pela queda das folhas na estação seca, evitando a transpiração excessiva. “Isto permite a essa planta vegetar e frutificar bem, mesmo em condições adversas, ou seja, nos anos considerados secos”, esclarece.
O umbuzeiro, com seus frutos suculentos e ricos em sais minerais e vitaminas, contribui consideravelmente na dieta do pequeno produtor. Na Paraíba, quinto maior produtor de umbu do país, a produção é extrativista. Mesmo com o potencial que representa para a região, as condições de manejo, de pós-colheita, de crédito acessível, de comercialização e de capacitação técnica oferecida ao pequeno agricultor rural, são insuficientes para o desenvolvimento sustentável dessa cultura.

A equipe que desenvolve o projeto vem avaliando o cultivo do umbuzeiro no seu habitat interagindo com a vegetação nativa da caatinga. Também estão avaliando o cultivo consorciado com a palma forrageira e com o feijão vigna. O projeto da Emepa, em convênio com o BNB, pretende estabelecer um sistema de cultivo capaz de viabilizar uma exploração racional do umbuzeiro.
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