Na primeira sessão em que os partidos de oposição suspenderam a obstrução das votações na Assembléia Legislativa, o presidente Arthur Cunha Lima (PSDB) e o líder das oposições, deputado Gervásio Filho (PMDB) voltaram a se atritar por conta do suposto pagamento de jetons a deputados do governo e falta de comunicação por parte da mesa para que os deputados pudessem comparecer à casa no dia em que a Assembléia realizou 17 sessões extraordinárias.Gervásio ocupou a tribuna para declarar que a “oposição não podia votar matérias que desconhecia, que não fora avisado com antecedência sobre a realização das sessões, nem tão pouco da pauta de votação”, disse o líder das oposições. “Não somos contra PCCRs, nem contra o funcionalismo, mas não estamos a serviço do Palácio da Redenção”, acrescentou. O presidente Arthur (foto) reagiu chamando Gervásio de “mentiroso”, pouco depois de solicitar à assessoria, o protocolo que comprovaria comunicação feita aos 36 parlamentares sobre a votação.
“Pino foi feito para se bater: primeiro disseram que iriam revogar os PCCRs, depois da reação dos servidores voltaram atrás. Agora diz que não foram comunicados sobre a sessão, foram sim, porque vossa excelência não cumpre a palavra e está mentindo. Você é um mentiroso. Posso muito bem suspender a sessão e exigir que o retirem do plenário, porque o regimento me permite”, disse Arthur.
Gervásio não se retirou do plenário, permanecendo na bancada com os demais parlamentares de oposição. “A verdade vai prevalecer sobre a truculência implantada nesta casa”, disse.
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