Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Padre Roberto amaldiçoa 'políticos desonestos' durante diplomação e prefeito queixa-se à Diocese

O clima de festa e confraternização que marcava o ambiente da diplomação dos políticos eleitos (prefeito, vice, vereadores e suplentes) de Coremas, no último dia 9, no auditório do Tribunal do Júri, foi quebrado por um discurso inflamado do pároco local, padre José Roberto (foto). Profundamente angustiado com a situação de pobreza a que está submetida grande parte da população coremense, o religioso fez críticas diretas e indiretas ao prefeito Edílson Pereira, que estava presente. Falou de corrupção, de atraso salarial e também não poupou os vereadores, os quais acusou de omissão.
Diante da juíza e promotor eleitoral, de todos os homens públicos da cidade, familiares destes e de algumas dezenas de pessoas, o padre disse que amaldiçoava os políticos desonestos até sua quinta geração. Para o prefeito e alguns vereadores, o discurso do religioso foi inconveniente e constrangedor. “Aquele não era ambiente nem momento para o padre fazer esse tipo de desabafo, principalmente porque muita coisa que ele disse não corresponde com a verdade”, lamentou um vereador. Sentindo-se agredido moralmente e humilhado publicamente, o prefeito disse que vai prestar uma queixa à Diocese de Cajazeiras contra o sacerdote.
Em contato com a reportagem da Folha do Vale, padre Roberto disse que fez um discurso consciente e verdadeiro e que não deu motivos para ser repreendido pela Diocese. “O que eu fiz foi alertar os políticos sobre o seu verdadeiro papel na sociedade e mostrar o caos em que se encontra o município, que só tem aparecido na imprensa de forma negativa”, enfatiza o sacerdote, reiterando que todo político que não cumpre com suas responsabilidades já está amaldiçoado, “e o que eu disse foi apenas para lembrar isso”.
Padre Roberto afirma, ainda, que foi à solenidade determinado a fazer o discurso por acreditar que aquele era o ambiente e o momento propícios para o seu desabafo. “Lá estavam todos os políticos do município e os membros da Justiça, e quando eu iria ter uma outra oportunidade daquela novamente?”, pergunta, enfatizando que não pertence a nenhuma corrente política, mas, como líder religioso e acompanhando de perto o sofrimento do povo, sente-se obrigado a alertar as autoridades sobre as mazelas que afetam a população, especialmente a mais pobre.
Pense num padre arrochado!!!!!!!!!!!!!!!

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