A Juventude Democratas lançou nota oficial se posicionando contrária ao projeto de lei 188/2007, o qual tramita no Senado e tenta limitar a validade da Carteira de Estudante durante os fins de semana. Segundo o deputado estadual Efraim Filho (DEM), presidente nacional da juventude democrata, é exatamente nos finais de semana que o jovem encontra oportunidade para poder ir a um cinema ou freqüentar uma peça de teatro ou show musical. “Durante a semana os jovens estão estudando e seria incoerente limitar o acesso do jovem à cultura e à arte no seu tempo livre. O projeto está na contra-mão do modelo moderno, o que buscamos é incentivo para o desenvolvimento cultural do jovem e não barreiras", disse.
Leia a íntegra da nota:
"É em protesto contra o projeto de lei 188 de 2007, tramitando sob relatoria da senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), que a Juventude Democratas apresenta total indignação pela tentativa de, não só afastar os estudantes brasileiros dos meios de cultura, mas, também, de aparelhar ainda mais a União Nacional dos Estudantes. O projeto tenta limitar a validade da meia-entrada para eventos culturais, colocando impedimentos para o seu uso durante finais de semanas e feriados, rege sobre uma possível cota máxima de 30% de ingressos no sistema de meia-entrada, prevê ressarcimento de meia-entrada para os produtores culturais com recursos do Programa Nacional de Apoio a Cultura (PRONAC) e ainda cria o monopólio da União Nacional dos Estudantes.
Juventude Democratas manifesta-se contra novo projeto de meia-entrada O impedimento da meia-entrada em finais de semanas e feriados fere diretamente o acesso do estudante e do jovem à cultura, criando seu afastamento da sociedade da informação e um aumento considerável de seu custo de vida. Fazer isso é não só vetar o acesso democrático ao conhecimento, mas também uma incoerência frente ao alto nível de desemprego nesta camada da população; A possibilidade de se instituir uma cota de meia-entrada, além de criar brechas para novas fraudes, é também mais uma forma de impedimento a democratização da cultura; O uso do PRONAC para o ressarcimento de produtores culturais desvia os recursos da Lei Rouanet, restringindo ainda mais a qualidade e a quantidade de eventos culturais no país; O monopólio da UNE, por mais que reduza fraudes na emissão das carteiras estudantis, auxilia ainda mais o seu aparelhamento em um momento onde se discute amplamente a sua representação estudantil.
A UNE tem uma história de mais de sete décadas que não pode ser esquecida, mas as suas gestões mais recentes não são dignas da confiança do estudante. O monopólio só é benéfico para quem o detém. Assim sendo, a Juventude DEMOCRATAS é favorável sim a uma revisão nas regulamentações da meia-entrada – desde sua emissão até sua utilização –, mas se coloca totalmente contrária ao Projeto de Lei apresentado, devido ao seu estímulo massivo à destruição da democratização dos meios de cultura e ao aparelhamento da União Nacional dos Estudantes."
Ascom
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