
De acordo com Cássio, o que seu viu, de forma absolutamente preocupante e lamentavel, foi que a Constituição Federal para Santa Catarina não foi a mesma para a Paraíba. "O que se percebeu foi uma incoerência entre a decisão tomada no caso de Santa Catarina, onde o TSE decidiu que o vice-governador é litisconsorte necessário do governador. Enquanto que no caso da Paraíba, entendeu o TSE que o governador pode ser apenas um assistente de litisconsorte, sem ter direito ao seu pleno e sagrado exercício de defesa", observou.

Diante do novo quadro político em que a Paraíba está inserida, o arcebispo Dom Aldo Pagotto está propondo uma manifestação popular pacífica. "Acho que nesta hora, o povo deveria se levantar e fazer ouvir a sua voz. Isso não vai ficar assim", afirmou o religioso, ao comentar a cassação do governador. Para Dom Aldo, o que está acontecendo na cena política da Paraíba não passa de um "equívoco, um enigma que ainda precisa ser esclarecido". O Arcebispo afirmou que o governo Cássio Cunha Lima tem deixado contribuições ao Estado. "Não podemos deixar de citar o que a equipe que comanda a Paraíba tem feito até agora", afirmou ele referindo-se a questões como incentivos ao empresariado e aumento do Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo Dom Aldo, o povo deveria clamar pelo direito do voto, cuja maioria em 2006 elegeu Cássio para governar a Paraíba. "Fiz isso, prestei minha solidariedade ao governo e a equipe que passou este tempo a frente do Estado. O povo deveria fazer o mesmo", conclamou o religioso. Ele encerrou a entrevista dizendo que está "profundamente consternado com toda a situação política que a Paraíba está enfrentando". Dom Aldo disse ainda que o julgamento "não passou de uma montagem. Um jogo de carta marcada".
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