“A soberania do voto popular sofreu grande golpe na última quinta-feira. Vencemos as eleições de 2006 de forma absolutamente legítima, democrática e legal, com mais de um milhão de votos. A Paraíba tem consciência disso. O TSE não seguiu restrição do exercício de um mandato. Seguiu a cassação da vontade soberana de todos esses eleitores paraibanos. Mas quem faz política tem que estar preparado para viver momentos como esse. Quem faz a opção pela vida pública tem que estar preparado, como eu estou, para enfrentar quaisquer que sejam as adversidades". O desabafo foi feito ontem pelo governador Cássio Cunha Lima (PSDB) durante entrevista coletiva concedida no Salão Nobre do Palácio da Redenção, que durou mais de uma hora.
De acordo com Cássio, o que seu viu, de forma absolutamente preocupante e lamentavel, foi que a Constituição Federal para Santa Catarina não foi a mesma para a Paraíba. "O que se percebeu foi uma incoerência entre a decisão tomada no caso de Santa Catarina, onde o TSE decidiu que o vice-governador é litisconsorte necessário do governador. Enquanto que no caso da Paraíba, entendeu o TSE que o governador pode ser apenas um assistente de litisconsorte, sem ter direito ao seu pleno e sagrado exercício de defesa", observou.
De acordo com Cássio, o que seu viu, de forma absolutamente preocupante e lamentavel, foi que a Constituição Federal para Santa Catarina não foi a mesma para a Paraíba. "O que se percebeu foi uma incoerência entre a decisão tomada no caso de Santa Catarina, onde o TSE decidiu que o vice-governador é litisconsorte necessário do governador. Enquanto que no caso da Paraíba, entendeu o TSE que o governador pode ser apenas um assistente de litisconsorte, sem ter direito ao seu pleno e sagrado exercício de defesa", observou.
De acordo com Maranhão, no momento, o mais importante é que a Paraíba retome a sua governabilidade. Já que, segundo ele, nestes dois anos de gestão do governador Cássio o Estado ficou "acéfalo". "O momento exige serenidade, determinação, mas, sobretudo, humildade. Não é fácil assumir um governo especialmente em circunstâncias excepcionais como esta. Em que o Estado está sem a menor credibilidade", completou. José Maranhão lembrou que em momento algum duvidou da decisão que foi tomada pelo TSE, quando os sete juízes de forma unânime, acataram as denúncias de que houve o uso do programa assistencial com fins eleitorais e confirmaram a cassação do governador. "Eu tinha a certeza do nosso bom direito, da justeza de nossas idéias e julgamentos, por isso Deus me deu forças para lutar contra o derrame de dinheiro promovido pela chapa adversária nas eleições de 2006".
Diante do novo quadro político em que a Paraíba está inserida, o arcebispo Dom Aldo Pagotto está propondo uma manifestação popular pacífica. "Acho que nesta hora, o povo deveria se levantar e fazer ouvir a sua voz. Isso não vai ficar assim", afirmou o religioso, ao comentar a cassação do governador. Para Dom Aldo, o que está acontecendo na cena política da Paraíba não passa de um "equívoco, um enigma que ainda precisa ser esclarecido". O Arcebispo afirmou que o governo Cássio Cunha Lima tem deixado contribuições ao Estado. "Não podemos deixar de citar o que a equipe que comanda a Paraíba tem feito até agora", afirmou ele referindo-se a questões como incentivos ao empresariado e aumento do Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo Dom Aldo, o povo deveria clamar pelo direito do voto, cuja maioria em 2006 elegeu Cássio para governar a Paraíba. "Fiz isso, prestei minha solidariedade ao governo e a equipe que passou este tempo a frente do Estado. O povo deveria fazer o mesmo", conclamou o religioso. Ele encerrou a entrevista dizendo que está "profundamente consternado com toda a situação política que a Paraíba está enfrentando". Dom Aldo disse ainda que o julgamento "não passou de uma montagem. Um jogo de carta marcada".
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