Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Mantida a cassação apartir de 2009 a Assembléia Legislativa convoca eleições indiretas

O governador Cássio Cunha Lima (PSDB) evitou falar com a imprensa na noite desta quinta-feira (27) ao desembarcar em João Pessoa, ao lado do senador Cícero Lucena, presidente do PSDB paraibano. Cássio evitou clima de euforia e declarou, por meio de assessores, que recebeu com serenidade a decisão do TSE, que manteve o tucano no cargo até julgamento dos recursos que ainda serão interpostos no Tribunal.
Segundo ele, o importante é que a Corte Eleitoral possa compreender, com base nas provas dos autos, que não houve, de sua parte, abuso do poder político e econômico. Cássio disse acreditar na sensatez de todos os ministros do TSE e reafirmou a confiança na Corte. Ele estuda com equipe nesta sexta a possibilidade de conceder entrevista coletiva no Palácio da Redenção ou simplesmente emitir uma nota oficial.
Lei abaixo o pertinente artigo de Hermes de Luna:
Uma semana depois, a festa no busto de Tamandaré, na divisa entre as praias de Tambaú e Cabo Branco, era da ala amarela. Na semana passada, houve carreata vestida de vermelho. Política é mesmo emocionante. Ninguém poderia imaginar uma virada como essa. Cássio Cunha Lima foi casssado por 7 votos a 0, na semana passada. Nesta quinta (27), reverteu esse placar para 5 a 2.
Foi um balde de água fria nos maranhistas. Todos esperavam que o senador José Maranhão (PMDB) assumisse o Governo do Estado na tarde desta sexta-feira (28). Foi o advogado José Ricardo Porto que anuncinou que a posse seria às 14h, culminando com os festejos dos enlaces matrimoniais da filha do senador e da desembargadora Fátima Bezerra, no sábado. Não deu certo.
Essa reviravolta no TSE pode ditar o placar de outras votações, inclusive no Supremo Tribunal Federal (STF), o que muito preocupa os defensores de Maranhão. Já pensou?. Cássio até 2009. Mesmo que o governador seja cassado no ano seguinte, Maranhão não assumiriria. Passada mais da metade do mandato, as eleições seriam indiretas, convocadas pela Assembléia Legislativa.
Quem seria o candidato de Maranhão? Ninguém. O atual presidente da AL-PB, deputado Arthur Cunha Lima, seria praticamente aclamado em plenário. Um pesadelo para o PMDB, que já estava a dividir os cargos de um pretenso governo maranhista.
A mudança total de cenário em apenas uma semana só é possível na política. Diria o velho e sábio mineiro Magalhães Pinto: "É uma nuvem. Você olha, tem uma forma. Volta a olha, já está completamente diferente". Por isso, para nenhum dos lados, não é convém fazer festa antes do tempo.

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