Há quase dois mil anos, Roma assistia ao imperador Júlio Cezar ser traído e assassinado pelos senadores Brutus e Cassius em pleno Senado Romano. Passados tantos séculos, uma história semelhante parece acontecer no estado da Paraíba. Hoje, o ‘imperador’ é o governador Cássio Cunha Lima (PSDB) que, talvez, está vivendo os piores momentos de sua vida. O governador tem se lamentado pela espécie de traição cometida pelos senadores Efraim Morais (DEM) e Cícero Lucena (PSDB) – seus aliados de primeira hora - no episódio do OGU de 2009. Será ele totalmente abandonado pelos correligionários de sempre? Isso ninguém sabe ao certo. Porém, só uma coisa é certa: mesmo que esteja totalmente derrotado, Cássio, como tem demonstrado em sua vida política e no seio do clã Cunha Lima, não vai desistir tão fácil, assim.
Assim como o mito de Cézar – o ‘bondoso’ – renasceu após um contundente discurso dialético do seu melhor amigo de então, Marco Antônio, Cássio – cassado – vai procurar ressurgir das cinzas através de um discurso ao estilo de Marco Antônio. Só outra coisa é incerta: quem ou como será o ‘Marco Antônio’ de Cássio Cunha Lima? Só para lembrar a quem gosta de história, a peça oratória que resgatou a imagem de do imperador Cézar, logo após ter sido assassinado a facadas pela conspiração de Brutus e Cassius, foi pronunciada por Marco Antônio, nas escadarias do Senado. Na verdade, o assassinato de Cezar havia sido bem aceito pela população, já que a explicação dada por seus autores foi a de que Cezar estava prestes a dar um golpe e se auto-nomear rei, o que em Roma era absolutamente inaceitável.
Segundo o texto de Francisco Ferraz, no site www.politicaparapoliticos.com.br, Marco Antônio era muito próximo de Cezar e inclusive correu o risco de morrer junto com ele. E, para evitar que reagisse ao ataque, foi distraído por um dos senadores da conspirata para uma conversa fora do local do crime. Consumado o assassinato de Cezar, Marco Antônio, procurado pelos conspiradores, acertou com eles que falaria no Senado em prol da pacificação dos ânimos. Preservou assim a sua prerrogativa de fazer o discurso fúnebre de Cezar. Nesse discurso, frente a uma massa de cidadãos que até há pouco apoiavam e admiravam a Cezar, mas que agora o condenavam, Marco Antônio começa dando razão aos conspiradores, para ganhar tempo e ser ouvido pela massa. Seguindo uma estrutura em que: na primeira frase condena Cezar, reitera que Brutus é um homem honrado, para na próxima frase dizer ‘mas…’, e dar um exemplo real da grandeza, bondade, lealdade e do amor que Cezar tinha pelo povo de Roma, pouco a pouco Marco Antônio consegue mudar o estado de espírito da massa voltando-a contra os assassinos de Cezar.
Ainda destaca o texto de Francisco Ferraz: o orador, com invulgar habilidade, inicia submetendo-se ao sentimento dominante (anti-Cezar), mas encontra uma forma sutil de dialeticamente afirmar ao mesmo tempo a crítica e a observação positiva. Como essa última é mais poderosa que a primeira, aos poucos vai recuperando a imagem positiva de Cezar, relembrando suas boas ações, seu patriotismo, suas virtudes, de forma a deixar para o povo a conclusão da enormidade do crime praticado não mais contra Cezar, mas sim contra Roma e o povo romano. O Cezar odiado volta a ser o Cezar amado, e ressurge para a vida política com os que lhe permaneceram fiéis, e no ódio aos seus inimigos.
Quanto a Cássio, basta esperar para saber quem será ou como será o seu ‘Marco Antônio’.
Assim como o mito de Cézar – o ‘bondoso’ – renasceu após um contundente discurso dialético do seu melhor amigo de então, Marco Antônio, Cássio – cassado – vai procurar ressurgir das cinzas através de um discurso ao estilo de Marco Antônio. Só outra coisa é incerta: quem ou como será o ‘Marco Antônio’ de Cássio Cunha Lima? Só para lembrar a quem gosta de história, a peça oratória que resgatou a imagem de do imperador Cézar, logo após ter sido assassinado a facadas pela conspiração de Brutus e Cassius, foi pronunciada por Marco Antônio, nas escadarias do Senado. Na verdade, o assassinato de Cezar havia sido bem aceito pela população, já que a explicação dada por seus autores foi a de que Cezar estava prestes a dar um golpe e se auto-nomear rei, o que em Roma era absolutamente inaceitável.
Segundo o texto de Francisco Ferraz, no site www.politicaparapoliticos.com.br, Marco Antônio era muito próximo de Cezar e inclusive correu o risco de morrer junto com ele. E, para evitar que reagisse ao ataque, foi distraído por um dos senadores da conspirata para uma conversa fora do local do crime. Consumado o assassinato de Cezar, Marco Antônio, procurado pelos conspiradores, acertou com eles que falaria no Senado em prol da pacificação dos ânimos. Preservou assim a sua prerrogativa de fazer o discurso fúnebre de Cezar. Nesse discurso, frente a uma massa de cidadãos que até há pouco apoiavam e admiravam a Cezar, mas que agora o condenavam, Marco Antônio começa dando razão aos conspiradores, para ganhar tempo e ser ouvido pela massa. Seguindo uma estrutura em que: na primeira frase condena Cezar, reitera que Brutus é um homem honrado, para na próxima frase dizer ‘mas…’, e dar um exemplo real da grandeza, bondade, lealdade e do amor que Cezar tinha pelo povo de Roma, pouco a pouco Marco Antônio consegue mudar o estado de espírito da massa voltando-a contra os assassinos de Cezar.
Ainda destaca o texto de Francisco Ferraz: o orador, com invulgar habilidade, inicia submetendo-se ao sentimento dominante (anti-Cezar), mas encontra uma forma sutil de dialeticamente afirmar ao mesmo tempo a crítica e a observação positiva. Como essa última é mais poderosa que a primeira, aos poucos vai recuperando a imagem positiva de Cezar, relembrando suas boas ações, seu patriotismo, suas virtudes, de forma a deixar para o povo a conclusão da enormidade do crime praticado não mais contra Cezar, mas sim contra Roma e o povo romano. O Cezar odiado volta a ser o Cezar amado, e ressurge para a vida política com os que lhe permaneceram fiéis, e no ódio aos seus inimigos.
Quanto a Cássio, basta esperar para saber quem será ou como será o seu ‘Marco Antônio’.
JorgeRezende
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