Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

PSDC acusa Nabor de ligação com tráfico e diz que esquema bancou eleição do PMDB em Patos

O diretório municipal do PSDC em Patos fez circular jornal acusando o prefeito de Patos, Nabor Wanderley (PMDB), de envolvimento no tráfico de drogas no Sertão, provocando polêmica na região. A denúncia se baseia em suposta investigação da Polícia Federal e aponta que o prefeito acoberta pessoas ligadas ao tráfico, facilitando a comercialização de drogas na região. O PSDC chegou a publicar cópia de supostos ofícios encaminhados pela Polícia Federal ao juiz Fernando Brasilino Leite, da Comarca de Santa Luzia, apontando envolvimento de Nabor.
Segundo a denúncia, o dinheiro do tráfico financiou parte da campanha do prefeito à reeleição em 2008. Ele teria recebido R$ 100 mil no período da campanha. Em compensação, manteve o Tenente Olímpio, diretor do presídio de Patos, no cargo atendendo à solicitação dos traficantes. “O militar (Tenente Olímpio) foi indicado pela deputado Francisca Mota e apesar de inúmeras denúncias anônimas que o acusam de uma relação promíscua com criminosos detentos, permanece no cargo, a pedido do prefeito Nabor Wanderley, atendendo a imposição de LÒIA (suposto traficante), que provou aos seus comparsas sua força junto ao Chefe do Executivo Estadual”, diz o PSDC.
A denúncia traz ainda supostas degravações feitas pela Polícia Federal, resultado de escutas telefônicas. Em uma delas, dois traficantes reafirmam a participação de Nabor Wanderley como “padrinho” de pessoas ligadas ao tráfico. As investigações da Polícia Federal, segundo o PSDC, revelam como a droga chega a Patos e quais as pessoas responsáveis por sua distribuição. De acordo com a denúncia, treze pessoas estariam com pedido de prisão preventiva solicitada pela Polícia Federal. Entre elas, Rildo de Araújo Tenório, Dorival Sebastião, José Oberom Laurentino de Sousa, Carloto Medeiros de Oliveria, Ariano Flávio Ancelom Militão, João Orimar Laurentino de Souza, Francisco Dantas de Souza, Kalimere Quadras de Melo, Maria da Conceição Viera , Miguel Alventino de Medeiros Neto (itaporanguense conhecido por Guel), Silberto Pereira de Morais e Wesley Moreira de Morais.
O delegado da Polícia Federal do município de Patos, Francisco Martins, confirmou na tarde desta quinta-feira (6) haver citação do nome do prefeito de Patos, Nabor Wanderley (PMDB) no inquérito que investiga um esquema de tráfico de drogas na região. De acordo com o rumo das investigações, contudo, não ficou comprovada participação direta de Nabor no esquema criminoso. De acordo com o delegado, o nome do prefeito foi inserido no relatório do inquérito após ser cooptada uma conversa telefônica entre dois alvos suspeitos. Um destes, de acordo com Martins, citou o nome de Nabor Wanderley, afirmando ao comparsa que teria prestigio junto ao gestor e teria como conseguir o que o traficante queria.
Com a citação, a PF passou a investigar se haveria algum contato do bando com o prefeito, no entanto não foi possível confirmar envolvimento de Nabor Wanderley com o esquema. Para o delegado, as informações veiculadas em jornais partidários representam uma forma tendenciosa de tirar proveito contra alguém que não está inserido no contexto. “Existe o processo, existe o nome do prefeito, mas não há envolvimento do político com o tráfico da região”, disse. O juiz da Comarca de Santa Luzia, Fernando Brasilino Leite, confirmou na tarde desta quinta-feira (06), a reportagem do portal PB Agora, a existência do inquérito da Polícia Federal que apura o envolvimento de mais de 15 pessoas com o trafico de drogas na região de Patos.
Conforme Brasilino, o Ministério Público tem conhecimento da investigação e já realizou denúncia sobre o caso. Todas as pessoas citadas no processo serão notificadas e, após confirmação da notificação, terão10 dias para responderem. O juiz acrescenta que não só pessoas da região de Patos estão envolvidas no esquema, mas também vários outros suspeitos polarizados em Estados vizinhos. Brasilino esclareceu que não tem conhecimento do conteúdo do Jornal do PSDC e que está a disposição para tirar quaisquer dúvidas sobre o inquérito. “O inquérito está no cartório e é público para que qualquer pessoa ver, no entanto, para se retirar cópias estão aptas apenas às partes envolvidas ou os advogados habilitados”, explicou.

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