Na última sexta-feira (31) a população de Itaporanga tomou ciência de um fato que chocou os presentes na II Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente, quando ficou-se sabendo que uma jovem de 16 anos, de iniciais S.G.M, havia se dirigido ao Hospital Distrital de Itaporanga em trabalho de parte, chegando lá fora atendido por um enfermeiro e que este ao fazer o 'toque' havia perfurado a bolsa, levando a jovem imediatamente para a sala de cirurgia para ser submetida uma cesariana. Neste meio tempo, uma outra pessoa, que a acompanhava, foi até a casa do médico Djaci Brasileiro, que é prefeito de Itaporanga, suplicando e chorando para este fosse ao hospital fazer o parto.
Sobre as denúncias de perseguição:
Críticas à gestão anterior no H.D.I:
O médico, um dos mais conceituados cirurgiões do estado, disse que só podia entrar no hospital com autorização da sua direção e, assim, a acompanhante foi até a direção do nosocômio mas, segundo a informação, a entrada do médico não foi autorizada. O caso chocou mais ainda a população quando a jovem ao ser transferida para a cidade de Patos, porque não foi cirurgiada em Itaporanga, perdeu a criança que esperava, nas próximidades da cidade de Olho D'Água, quando esperava ganhar bebê na Maternidade 'Pergrino Filho' em Patos, onde foi atendida ao final. Este caso acontecera na quinta-feira (30). O Conselho Tutelar de Itaporanga foi contatado pela maternidade e enviou um veículo para trazer a jovem que deveria ser mãe com um caixão para o bebê. O Conselho está ainda investigando o caso para saber o por quê que o parto não foi feito no H.D.I? Porque não foi autorizada a entrada do médico Djaci para fazer o parto como solicitado? E, o que realmente houve neste episódio? A dúvida da populção era se pelo fato do médico ser prefeito opositor ao grupo do governador em Itaporanga seria o motivo do seu impedimento de entrar no hospital. O que em sendo verdade pode ser configurado como um absurdo.
Pois bem, no programa radiofônico "Show de Notícias", apresentado por este editor e Júnior Viriato, levado ao ar pela Rádio Pedra Bonita FM 99,9 desegunda à sexta-feira do meio-dia às 14h, levamos o caso ao conhecimento da população e fizemos as mesmas indagações pedindo, inclusive, a presença do Ministério Público neste caso. E solicitamos no ar a versão da direção do H.D.I sobre o episódio, prontamente atendidos, pois a diretora Jadcely Maria Viturino Serafim (foto) veio até a emissora e falou o caso. Para começar ela disse que não estava em Itaporanga no dia do ocorrido, pois participava de reunião em João Pessoa, mas que ficou sabendo das denúncias levantadas durante a Conferência, não só em relação ao médico Djaci mas também de críticas feitas pelo prefeito de Boa Ventura Dudu Pinto contra o hospital (abordaremos mais embaixo).
"Este caso começa logo com falta de verdade. Primeiro esta pessoa (a jovem) não chegou à mim, eu não estava na cidade. Desse fato, à mim não chegaram nomes nem datas... Ele fez denúncias gravíssimas de que foi impedido de atender no hospital e isso não acontece, independente de cor partidária", disse a Drª Jadcely. No entanto, ao mesmo tempo em que afirma que o médico não estava impedido de entrar no hospital ela confirma que para fazer cirúrgia ele não pode. Isso porque são inúmeras as pessoas que querem ser 'operadas' pelo médico. "Dr. Djaci não está no hospital de Itaporanga, ele não faz parte do quadro, quando cheguei havia uma equipe médica e somente uma médica foi substituída, por motivos superiores, e, hoje, a cobertura de médicos e enfermeiros é completa", completou.
Mas os ouvintes do programa estava querendo saber é porque não foi feito o parto no H.D.I já que tinha médicos, anestegista e enfermeiros. "Todas as pessoas que chegam ao hospital recebem um atendimento, infelizmente nós temos as nossas limitações... e pra isso serve os hospitais de referência como Patos, CG e JP. Estou lhe dizendo, em suposições, então, se essa pessoas (a jovem) chegou ao hospital e foi encaminhada à Patos é porque talvez fosse uma gravidez de risco. Se o cirurgião de plantão entendeu que deveria ser transferida assim o fez. Se a bolsa estourou quem tem que se explicar é o médico de plantão. Nem ele (Djaci) nem qualquer outro cidadão está proibido de entrar no hospital, agora, eu tenho a minha equipe e Dr. Djaci não faz parte do quadro do hospital. Portanto, ele não pode fazer procedimento cirurgico", disse.
Sobre as críticas do prefeito Dudu Pinto de que boaventurenses estavam sendo mal recebidos no hospital, a diretora rebateu dizendo que: "Com relação à Dudu Pinto, que denunciou que o hospital tratou tava tratando mal os boaventurenses, não sei de onde vem essa questão. Nem qual motivo o levou a fazer a denúncia. Não sei porque o prefeito fez isso. Ele não pode estar fazendo fofocas, tumulto, porque deve tratar diretamente com agente qualquer assunto referente ao hospital", defendeu-se.
Sobre as denúncias de perseguição:
A diretora foi indagada, ainda, sobre as denúncias levantadas na Câmara Municipal de que estava havendo perseguição política no H.D.I, ela disse que: "O que acontece é que devemos diferenciar quem é servidor efetivo e quem é prestador que, automaticamente, com a mudança de Governo, são trocados por outros profissionais da confiança de quem está no Poder, naquele momento. então o prestador de serviço e o funcionário codificado não tem vinculo empregatício. não tem contrato nenhum com o Estado", frisou.
Críticas à gestão anterior no H.D.I:
A diretora, porfim, fez graves denúncias contra a gestão anterior à sua no H.D.I, que era dirigido pela ex-diretora Wilka Rodrigues, de que houve sabotagem nos serviços nas primeiras semanas em que assumiu o hospital: "[...] Equipamentos eram quebrados sem explicação, chegou até passar um dia inteiro sem água, nos hospital, porque tinham quebrado a bomba de água, iluminação do bloco cirúrgico quebrada, e eram os mesmos funcionários da gestão anterior à mim. Então, vários equipamentos eram quebrados à noite, de madrugada, e quando amanhecia o dia ninguém sabia ninguém via nada. Foram quem? Fantasmas? Então, agente teve que substituir algumas pessoas por outras de nossa confiança e, sem explicação alguma, os equipamentos pararam de quebrar", disse Jadcely.
Este editor quiz saber, diante das acusações, se foi registrada alguma queixa na polícia ou instaurado alguma sindcância acerca do fato e a diretora respondeu dizendo que não "fiz sindicância nem denúncia, simplesmente, substitui essas pessoas e o caso foi resolvido", concluiu.
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