Jampanews
Além de desencontrado também é desunido o Governo Maranhão III. E capaz de cometer absurdos iguais ao Governo que sucedeu. Bastante olhar o episódio que envolve o atual Chefe da Casa Civil, Marcelo Weick. Ele, quando procurador geral, arquivou um processo beneficiando uma empresa que doou R$ 100 mil para a campanha de José Maranhão, causando prejuízos ao erário que, pelos cálculos do Sindifisco, ultrapassam os R$ 12 milhões.
O ato de Weick ganhou adjetivos dentro do Maranhão III que vão do “esdrúxulo ao sem precedentes” numa comprovação de que, o secretário está sendo fritado em fogo brando. Além das cifras astronômicas, causa estranheza também de onde partiu a denúncia: do próprio fisco através do seu órgão de classe, o Sindifisco. O caso é grave e já serve de gancho para a oposição sedenta por escândalos para comprovar que, na Paraíba tudo é “farinha do mesmo saco”.
Apesar da gravidade da denúncia feita pelos fiscais da receita estadual e da gasolina despejada pelo Secretário Anísio Carvalho contra o colega de equipe, até o momento não houve qualquer manifestação do responsável maior pela administração estadual, o governador José Maranhão, que tem contra si o agravante de ter sido contemplado com doações pela empresa beneficiada com a suposta irregularidade. Afora uma coletiva adiada em cima da hora, onde Weick explicaria o que, segundo o Fisco é inexplicável, nada, absolutamente nada foi divulgado pelo governador que sinalize para medidas saneadoras a respeito do “esdrúxulo” ato promovido pelo famoso advogado do Caso FAC.
O episódio reflete o desencontro de um Governo montado às pressas e que apesar de sete meses de instalado ainda não fala o mesmo idioma. O governador passa para a opinião pública que o candidato não pode ser chamuscado por fatos dessa natureza e transfere para os auxiliares mais chegados a missão de abortar as irregularidades dos mais “açodados”. Apesar do silêncio e do esforço de se poupar o candidato Maranhão fica difícil convencer a opinião pública de que, o jovem procurador tenha tomado essa decisão isoladamente.
Pelo silêncio das camadas superiores do Governo, fica a leve impressão, nesse caso que envolve tão elevada e equivocada decisão, ter sido adotada a máxima do célebre general chinês Sun Tzu, autor de A Arte da Guerra: ele recomendava, em casos de equívocos e fracassos, cortar a cabeça de qualquer um menos a do rei.
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