Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

sábado, 21 de março de 2009

Leonardo Santana defende direito de Greve dos Prefeitos pela governabilidade

Após realização do Encontro de Prefeitos do Cariri, o presidente da União Brasileira de Municípios, Leonardo Santana (foto), defende a deflagração de uma Greve Geral dos Prefeitos, em protesto pelo endividamento dos municípios, as baixas no Fundo de Participação(FPM) e o descaso do governo para com os seus mais importantes entes federados. Foram muitas as reclamações dos gestores, em relação aos débitos com o INSS, a falta de recursos e a desvalorização dos entes federados.
Para Leonardo, não adianta mais as "marchas" em Brasília, pois os prefeitos chegam a gastar mais de 3 mil reais e voltam cada vez mais decepcionados, pois na capital federal eles são apenas gestores sem muita importância diante da imponência da União, do luxo e exuberância vivida pelos ocupantes dos altos cargos do governo, em detrimento de milhares de gestores que voltam depois para o convívio de populações que são obrigadas a comer palma e beber água de xique-xique.
Segundo ele, o municipalismo no Brasil está mal conduzido e precisa sair da teoria, pois não há reação maior contra o governo, e sim uma espécie de subserviência a tudo que é feito, pois em momento nenhum os municípios estiveram tão fragilizados e os prefeitos tão desprestigiados, desrespeitados, alguns até são acusados de improbidade, fruto de erro apenas de prestação de contas. "É preciso que o governo respeite as responsabilidades dos municípios e se conscientize de que precisa dos gestores municipais, sob pena de gerar o perigo de governabilidade, principalmente com os saques que a União tem promovido nos ingredientes que formam os recursos destinados as cidades brasileiras". Na Paraíba uma importante defensora do municipalismo é a prefeita da cidade de Piancó, Flávia Serra Galdino (PP).
"Eu duvido que o governo federal consiga administrar sem os prefeitos, pois a vida começa nos municípios, o Brasil começa nos municípios, onde a vida continua sob todos os aspectos. A educação, a saúde e o bem estar social só acontecem nos municípios". Leonardo lamentou as perdas no FPM que já acontecerem no repasse deste dia 20, para os a maioria dos municípios que receberam apenas 29 mil reais, e são obrigados a repassar o duodécimo das câmaras municipais, que passa de 40 mil reais, se tornando impossível administrar uma cidade sem nenhum recurso.
Ascom

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