A formação da mesa dos trabalhos contou com: o ex-deputado Sargento Dênis (PV), o delegado Dr. Nilo Tavares (que veio da capital), o professor universitário Wallene Cavalcanti (assessor do deputado federal Luiz Couto), o editor do Blog Ricardo Pereira (representando o prefeito Dr. Djaci Brasileiro) e a conselheiro Roberta Pereira (presidente do Conselho Tutelar em Itaporanga).
“O objetivo principal da mobilização é articular os atores para que elaborem propostas para transformar experiências positivas em políticas públicas. No contexto político atual, a integração é o fator mais relevante”, explica o delegado Dr. Nilo Tavares, que faz parte da comitiva. Dr. Nilo entende ser consenso nacional entre estudiosos, ativistas e gestores que o paradigma atual da segurança pública está efetivamente morto, mas o senso comum ainda é mais favorável à repressão do que à prevenção.
“O paradigma ‘a polícia resolve’ dá no que dá. A lei diz que segurança pública é só polícia. Nosso policial é treinado para reprimir, não para prevenir. Ele chega depois do crime. Estamos rompendo com isso. A polícia deve ter um papel preventivo na sociedade. A boa relação estratégica com a comunidade leva à redução da violência. Um policial que convive no ambiente saudável previne a criminalidade”, afirma.
Para o ex-deputado estadual Sargento Dênis, o controle de armas, por exemplo, é uma questão central para a segurança pública e a diminuição dos homicídios e da criminalidade. “O controle de armas não vai diminuir trocas de socos nas ruas, mas reduz significativamente o número de mortes violentas. Uma arma mata muito mais gente do que um pedaço de pau”, explica. De acordo com ele, o controle de armas precisa ser uma política pública de estado. Dênis acrescenta que, além do desarmamento e do policiamento comunitário, é preciso também desenvolver um conjunto de ações sociais para que as pessoas das localidades se sintam reconhecidas e não tenham sensação de insegurança. Foi muito bem lembrado na oportunidade, pelo Padre Deusimar, o destaque também da importância da influência da Campanha da Fraternidade, que em 2009 trata de Justiça Social, e no Brasil tem foco em Segurança Pública. Para o pároco, a campanha é importantíssima como instrumento de justiça e paz, já que tem grande capilaridade, assim como a sociedade brasileira. “Não dá mais para discutir só os pontos de vista da polícia, da sociedade civil ou religioso. A Campanha da Fraternidade se soma aos debates da Conseg”, afirmou. Inclusive, durante o encontro o Padre Deusimar colocou com alternativa viável a ser levado para a conseg a utilização de a Fazenda Serrota, localizada no município de Itaporanga, com aproximadamente 118 hectares, desapropriada pela justiça federal por ter sido usada para plantio de maconha fosse transformada num centro de reabilitação para dependentes químicos e entorpecentes. Idéia bastante saudada e elogiada pelos presentes. Presente ao evento, também, o Pastor Roberto (da 1ª Igreja Batista) falou da importância do tema e informou que a 1ª Igreja Batista está iniciando um projeto dessa envergadura na fazenda de propriedade da mesma onde serão atendidos jovens marginalizados e de pendentes químicos.A comissão de organização da Conseg tem 34 membros, sendo 40% da sociedade civil, 30% gestores públicos, 30% profissionais da segurança pública. "É um portal que se abre para esses três atores. A integração deles é fundamental para compreender a segurança pública no Brasil”, disse Wallene Cavalcanti. Participaram, ainda, do evento: a Juíza de Direito Drª Juliana Maroja (Juizado), a Juíza de Direito Drª Elza Bezerra (da 2ª Vara), a Promotora/Curadora Drª Lívia Vilanova Cabral, ambas da comarca local; a professora Ana Cláudia (presidente do Sintemi), o professor João Pereira (presidente municipal do PV), o Dr. Ivaldo Dias (Delegado Regional de Polícia Civil), o Padre Deusimar Gomes, o Pastor Roberto (da 1ª Igreja Batista), o vereador Ivanilton Palmeira (PTN), o conselheiro tutelar Alcídes Bezerra, o Diácono Rossivan, Paulo Mirato, entre outros.
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