Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

terça-feira, 16 de junho de 2009

Após ter vendido o Paraiban e a Saelpa, Maranhão pretende vender agora a Cagepa, diz Dinaldo

Após vender o Paraiban (hoje Banco Real) e a Saelpa (hoje Energisa), quando governou o estado no final do século passado, José Maranhão (PMDB), agora, está articulando nos bastidores a venda da Cagepa. A suspeita foi levantada nesta terça-feira (16) pelo deputado estadual Dinaldo Wanderley (PSDB).
De acordo com Dinaldo, o governador já teria até oferecido a propriedade da Cagepa (Companhia de Água e Esgotos da Paraíba) como garantia para o empréstimo de R$ 191 milhões junto ao BDNES. Segundo ele, há sinais de que José Maranhão vai aproveitar a operação do empréstimo como uma manobra para oficializar a venda da Cagepa.
Wanderley recebeu informações de que o empréstimo realizado no Rio de Janeiro foi feito após o governo oferecer a companhia de água e esgoto do estado. A suspeita deixou o parlamentar sob alerta e deve tornar o assunto, que tomou conta do debate na Assembléia Legislativa nesta terça-feira (16), ainda mais polêmico. Para Dinaldo, o caso do Rio de Janeiro pode estar simplesmente acontecendo na Paraíba. “Maranhão está disfarçando a venda da Cagepa de uma operação de empréstimo, nos mesmos moldes em que foi vendido o Paraiban (Banco Oficial do Estado), porque, como nós sabemos, o que ele quer é realmente privatizar a Cagepa desde que assumiu o governo”, declarou Dinaldo.
O deputado reúne mais informações sobre o tema nesta quarta-feira (16) e promete levar o assunto para a Assembléia Legislativa. As especulações de venda da Cagepa permearam o governo Maranhão III desde que o governador assumiu o cargo em fevereiro deste ano. Publicamente, José Maranhão negou a intenção de vender a Cagepa. A principal motivação seria arrecadação de recursos para que José Maranhão evite fiasco no governo até 2010, ano eleitoral.
No projeto que enviou à Assembléia, o governo aponta apenas a necessidade de recuperar perdas na arrecadação do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e investir em obras. Maranhão chegou a ameaçar que a folha de pagamento do servidor estaria comprometida. Não funcionou. A Oposição disse que o projeto precisa ser bem analisado.
PB Agora

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