A sessão da Assembleia Legislativa da Paraíba transcorria normalmente na tarde desta terça-feira (9), com os deputados voltando a analisar e a votar projetos depois de duas semanas, quando de repente os parlamentares de situação deixaram o plenário, prejudicando o quórum e encerrando a sessão. No plenário, os oposicionistas se revoltaram e fizeram duras críticas contra os adversários, dizendo que aquela era uma manobra arquitetada previamente. O detalhe é que o próximo ítem de votação era o Projeto de Emenda a Constituição que pedia a extinção do Tribunal de Contas dos Municípios, que tramita na Casa desde o ano passado e já provocou muita polêmica no legislativo estadual.
O deputado estadual Romero Rodrigues (PSDB) falou da importância em se registrar quem tinha saído do plenário, para que o povo soubesse quem eram os "deputados-irresponsáveis" que travavam a pauta e não permitia que osprojetos fossem votados dentro do regime democrático que deveria reger a AL. "A oposição está em peso aqui no plenário, prontos para trabalhar e para discutir as questões da Paraíba. Enquanto isto, boa parte da situação deixava a Casa e impedia que o trabalho fluísse da forma correta", lamentou.
Arthur Cunha Lima (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa, foi outro quem se manifestou contrário à manobra da bancada de sustentação ao governador peemedebista, que enquanto oposição eram contra o TCM e agora se posicionavam favoráveis. "Que fique registrado que foi a situação quem não quis votar a matéria", registrou. O também tucano Zenóbio Toscano, por sua vez, cobrou de entidades como o Tribunal de Contas do Estado, o Fórum de Combate a Corrupção e a Ordem dos Advogados do Brasil, para realizarem o mesmo tipo de mobilização que foi feito no passado, para pressionar pelaextinção do TCM.
Antes da debandada situacionista, estavam no plenário 26 deputados (15 de aposição e 11 de situação), mas depois disto ficou apenas 16 parlamentares, número insuficiente para que a sessão continuasse.
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