Com a equipe de Governo que tem o governador José Maranhão não deve se preocupar com a oposição. Há muito que este portal destaca o descompasso entre o governador e a assessoria montada às presas para assumir o comando político do Estado, depois que o TSE afastou Cássio Cunha Lima em fevereiro. Foram vários os episódios onde ficaram evidentes os muitos “equívocos” praticados pelo Maranhão dois meio.A mais recente trapalhada da equipe de Governo foi o “contingenciamento” orçamentário batizado por alguns portais de o “samba do crioulo doido” e que mobilizou a oposição e segmentos expressivos da sociedade em defesa da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) cujo orçamento foi amputado em R$ 16 milhões medida que feria a legislação e atingia a autonomia financeira da instituição de forma descabida.
A decisão foi tão atribulada que o titular da pasta da Educação, Sales Gaudêncio, saiu de público para tirar o dele da reta e informar que o corte tinha sido um “equívoco” e que o governador, por “orientação” sua, havia revogado o decreto.
Tarde demais. A oposição já tinha montado a “praça de guerra” e promovido um verdadeiro alarido em defesa da UEPB exaltando iniciativas do governo cassado que garantiam a autonomia da instituição de ensino.
A revogação do decreto abafou o incêndio e arrefeceu o discurso inflamado dos oposicionistas, mas não recuperou a imagem de uma administração nitidamente atabalhoada, onde medidas de caráter estrutural são tomadas sem o devido conhecimento de causa e sem a necessária aferição de suas conseqüências, passando sempre a impressão de incapacidade gerencial.
O episódio da UEPB deixa claro que a equipe escalada por Maranhão, além de não ter o pique necessário para impor a máquina administrativa o ritmo exigido para recolocar o estado nos trilhos do desenvolvimento, falta-lhe ainda sensibilidade política para evitar expor o governador ao bombardeio gratuito da oposição.
Com o exíguo tempo que dispõe para garantir o sucesso de sua terceira administração estadual Maranhão não pode estar exposto “ao fogo amigo” promovido pela incapacidade gerencial de sua equipe.
Dessa forma, enfrentando mês a mês “equívoco”, como o que foi cometido no contingenciamento orçamentário dificilmente o governador estará se credenciando para uma quarta tentativa ao Palácio da Redenção.
Com certeza, a sua pretensão será sepultada pelos desacertos dos assessores, que substituem à altura a bancada de oposição.
Jampanews
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