A reitora Marlene Alves, da Universidade Estadual da Paraíba, manteve uma reunião por mais de três horas, na tarde desta segunda-feira (01) com o procurador geral do Estado, Marcelo Weick. Na pauta, o remanejamento de recursos, na ordem de R$ 16 milhões do orçamento da UEPB até o final deste ano. Ao deixar a reunião, ela informou que Weick pediu um prazo até a próxima sexta-feira (6) para estudar a lei da autonomia da instituição.De acordo com a reitora da UEPB, durante a reunião, foi exatamente a lei que serviu de ponto principal de pauta. Para a itaporanguense Marlene Alves, o mais grave não está no fato de que, por força de uma medida do governador José Maranhão, a UEPB perca de um momento para o outro recursos preciosos para a sua programação financeira. "O mais grave é que, na prática, a autonomia da universidade está sendo rasgada e jogada no lixo", observou.
Para Marlene Alves, ao ser definida a autonomia da UEPB, em 2004, na gestão do ex-governador Cássio Cunha Lima, a opção para que a conquista histórica fosse sacramentada em forma de lei foi justamente uma forma de preservar o avanço e de impedir que houvesse uma quebra no compromisso do Estado em manter um nível de investimento alto no ensino superior.
Certa de que o Governo do Estado deverá rever a decisão de retirar verbas da UEPB, no momento em que a universidade retoma o processo de investimentos e consolida avanços com a aprovação de cinco novos mestrados, Marlene Alves afirma que todos os segmentos da instituição estão atentos à posição do governador José Maranhão, porque a conquista da autonomia é "da sociedade paraibana".
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