Veneziano reserva feriadão para lançar Vitalzinho ao Senado mas sem a presença de Zé Maranhão

Pelo que se percebe o governador José Maranhão (PMDB), que sempre foi rejeitado pela maioria esmagadora do eleitorado de Campina Grande, pode ter a sua aposentadoria política decratada de uma vez por todas pelos campinenses nestas eleições. Maranhão que tinha como maior desejo de consumo ter o prefeito Veneziano como seu vice recebeu duro golpe ao ver Vené recuar do convite. O "cabeludo" não quis arriscar: com a derrota de Maranhão e ainda ficar sem a Prefeitura.

Na verdade, Veneziano queria mesmo era ser o candidato ao Governo. O núcleo pensante do Palácio da Redenção desconfia que Maranhão poderá amargar, agora, o mesmo tratamento que Ney Suassuna (PP) propala ter recebido em 2006. O ex-senador afirma que os "irmãos coragem" abandonaram sua campanha e centraram forças na eleição de Vitalzinho, que sagrou-se o deputado federal mais votado do estado.

Veneziano reservou este feriadão da Semana Santa para dar início a campanha de Vitalzinho ao Senado. Acompanhado de grande comitiva de secretários hospedaram-se no Hotel Brejo das Freiras, passaram por Sousa e em Cajazeiras foram recebidos por várias lideranças políticas neste sábado (3). Recepcionados pelo prefeito Léo Abreu e pelo ex-deputado Vituriano de Abreu, além do deputado estadual Jeová Campos (PT), concederam entrevista coletiva à imprensa da região.

A entrevista, realizada no plenário da Câmara Municipal da cidade, durou cerca de duas horas – sendo a primeira hora dedicada a Veneziano e a segunda, a Vitalzinho – e foi transmitida ao vivo por uma cadeia de seis emissoras de Cajazeiras e região. Ao falar aos presentes, Veneziano comentou sobre a decisão de permanecer à frente da Prefeitura de Campina Grande e de indicar Vitalzinho como candidato ao Senado, na chapa encabeçada pelo governador José Maranhão.

Porém, o que todos se perguntavam era sobre a ausência do governador nesse périplo. Dando margens para as desconfianças dentro do Palácio da Redenção de que Vené não aceitou ser vice de Maranhão, por não acreditar em sua reeleição, reservando as forças de Campina para eleger Vitalzinho na disputa pela segunda vaga de Senador. Porém, se não conseguir eleger Vitalzinho, pelo menos, a cadeira na Câmara dos Deputados estará assegurada com a candidatura de sua mãe, Nilda Gondim.

Não por acaso, o governador já começa a perder apoios de partidos que vinha mantendo entendimentos, como o PR, o PDT e até o PSL, do ex-deputado Tião Gomes, deve anunciar apoio ao ex-prefeito Ricardo Coutinho (PSB), mesmo que forçado por conta de intervenção da Executiva Nacional.