O Bispo diocesano de Cajazeiras, Dom José González Alonso, poderá ser incluído no programa Defensores dos Direitos Humanos, do Ministério da Justiça, passando a receber proteção da Polícia Federal. O religioso denunciou que estava recebendo ameaças anônimas através de e-mails, torpedos e telefonemas.
O deputado federal Luiz Couto (PT) solicitou proteção e garantias de vida para o bispo, em depoimento na Câmara dos Deputados. Os motivos e a origem das ameaças estão sendo levantadas, mas as investigações têm como base duas hipóteses: o afastamento de seminaristas por parte do religioso e a defesa dele da apuração de crimes de pistolagem no Sertão paraibano.
De acordo com Wallene Cavalcante, assessor do deputado Luiz Couto, Dom José teria assumido publicamente a necessidade de apuração dos crimes na região, o que se leva a crer que seja este o motivo mais provável para as ameaças. Cavalcante não soube precisar quando o Ministério da Justiça tomará uma posição a respeito, levando em consideração que o órgão ainda está analisando o pedido e as evidências.
Por telefone, o líder da Igreja no Sertão admitiu o problema, mas não quis entrar em detalhes, informando apenas que o caso está sendo apurado. O vigário geral da Diocese de Cajazeiras, padre Agripino Ferreira, também evitou se aprofundar no assunto, mas confirmou o afastamento de três seminaristas por Dom José, em função da dificuldade "vocacional", "de convivência" e "de relacionamento".
Embora não confirme se as ameaças estejam ligadas ao afastamento dos seminaristas, o sacerdote revelou que os motivos são em função de decisões tomadas pelo bispo e que vão de encontro a interesses particulares. (Diário da Borborema)
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