Para certos setores que trabalharam na coordenação da campanha o fechamento do balanço contábil foi “feito a martelo” e apresenta falhas técnicas visíveis até para um leigo e deve causar transtornos ao pretenso ocupante do Palácio da Redenção. Segundo essas fontes, já existe parecer técnico elaborado por um consultor desaprovando as contas do partido. O (des)controle das contas é o exemplo maior da desorganização que foi a campanha do candidato do PMDB. “Não havia estrutura, não havia organização, não havia seriedade e muito menos coordenação”, diz um integrante da equipe que não quer ser identificado, mas que presenciou o que ele chamou de prévia para ascender ao poder. “ Ninguém estava preocupado com nada a não ser tomar posse”.
Essa mesma fonte cita que os gastos foram realmente irrisórios porque a mentalidade que imperava era a de que o “pagamento seria efetuado após o senador ser empossado”.Diante dessa convicção muitos serviços foram à base do voluntariado e aqueles que foram contratados muitos deixaram de receber porque não sabiam a quem cobrar. Essa situação provocou uma ameaça de greve dentro do período eleitoral quando funcionários rebelaram-se com a falta de pontualidade no pagamento dos serviços contratados. Ao final da campanha, um dos coordenadores ameaçou seqüestrar carros, aparelhos de TV e computadores para pagar o pessoal de apoio.
Logo depois de oficializada a derrota o partido dedicou-se à luta pela conquista do mandato nos tribunais e negligenciou a prestação de contas junto à Justiça Eleitoral. Hoje, concentra esforços para que elas não sejam julgadas antes do TSE se pronunciar a respeito da cassação do governador Cássio Cunha Lima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário