A Biblioteca Municipal Paulo Correia está sem funcionar há pelo menos seis meses. A instituição criada pela prefeitura na administração do prefeito Sinval Pinto, há quatro décadas, já vinha funcionando precariamente há nove anos em uma sala da Secretaria de Educação, localizada na Rua Padre Lourenço, mas agora, o que é pior, foi desativada. Para ampliar a sala onde vai funcionar a Universidade Aberta foi preciso tirar parte do espaço que abrigava a biblioteca. Essa reforma levou a baixo livros (foto), estantes e a mais antiga instituição de leitura e pesquisa de Itaporanga.
Mas a sentença de morte da biblioteca já havia sido decretada desde o final da década de 90, quando a então prefeita Kátia Brasileiro determinou a retirada da biblioteca do centro da cidade e doou o prédio para a agência do Banco do Brasil, que até hoje funciona no local.Uma outra sentença mortal contra a Paulo Correia ocorreu no começo deste ano, quando, em vez de ampliar e melhorar a biblioteca já existente, a Secretaria de Educação do município criou outra, dando a ela o nome do Monsenhor Sinfrônio, mas, assim que foi inaugurada, começou a padecer do mesmo problema da anterior: a difícil localização. As duas bibliotecas estão escondidas nos fundos da secretaria, nada ideal para uma casa pública de leitura.
O fechamento da biblioteca não é apenas um atentado contra a educação e a cultura, mas, também, contra a memória do seminarista e estudante de Sociologia Paulo Correia, um dos mais brilhantes itaporanguenses de todos os tempos, apesar de ter falecido ainda jovem, vítima de um acidente de carro em 1968. Conforme o atual secretário de Educação, Geraldo Pedro, a biblioteca não foi e nem será desativada. “Ela teve que ficar fechada por um certo período por causa da reforma do prédio que vai abrigar a universidade, mas esta semana nós já começamos a recuperar a sala, as estantes e organizar tudo, e tenho certeza que a biblioteca vai passar a funcionar muito melhor do que antes”, comenta o secretário.
fonte: folha do vale. O beco do fuxico fez a denúncia em primeira mão.
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