“Esse homem manobrou e usou de todas as chicanas processuais por 14 anos para fugir do julgamento. O ato dele é um escárnio para com a Justiça brasileira em geral e para com o Supremo em particular”. Essas palavras foram proferidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (foto), quando relator do processo do Caso Gulliver, reagindo ao anúncio de renúncia na Câmara Federal pelo ex-deputado federal Ronaldo Cunha Lima (PSDB), em outubro do ano passado. O ministro acusou Ronaldo de manobrar para escapar de seu julgamento na mais alta corte do país. O processo acabou sendo remetido para a Justiça da Paraíba, devido Ronaldo ter perdido o 'Foro Privilegiado'.Pois bem, caros leitores, até o próximo mês de maio o também ministro Marco Aurélio, atual presidente do TSE, vai ceder a sua vaga, no Tribunal Superior Eleitoral, pro novato Joaquim Barbosa. Com isso o ministro Carlos Ayres Brito, que é o atual relator dos processos de cassação do governador Cássio Cunha Lima naquela corte, deve ser o novo presidente do TSE. Com essa mudança no TSE, o ministro Joaquim Barbosa deve passar a ser o relator de todos os processos que tramitam no TSE, inclusive os que são referentes às cassações do governador Cássio Cunha Lima. O que tem preocupado muito sua banca advocatícia.
Já especula-se, in off, que os advogados do governador podem argüir a suspeição do ministro Joaquim Barbosa, pela sua posição em relação a Ronaldo Cunha Lima, no Caso Gulliver, que resultou na perca do seu mandato de deputado. Realmente, o governador tem se acostado num santo muito forte e poderoso para aguentar tanta pressão.
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