Em sua coluna BELVEDERE, publicada na edição atual (que começou a circular nesta quarta) do Jornal Folha do Vale, o jornalista Antônio Bandeira tece alguns comentários esclarecedores sobre a finda campanha eleitoral em Itaporanga. Confiram:
VITÓRIA DE DJACI
Pela primeira vez, ele se candidatou a prefeito de Itaporanga e triunfou nas urnas, tendo como companheira de chapa Wilza Rodrigues, filha do líder político Will Rodrigues, cujo apoio a Djaci foi decisivo. O prefeito eleito pelo partido do governador Cássio Cunha Lima, o PSDB, provou, mais uma vez, que tinha alta densidade eleitoral para enfrentar o rolo compressor da prefeitura com o espantoso aparato montado aqui há muitos anos pela "tropa de choque" vinda do sindicato de São Paulo. Perseguido por todos os flancos, Djaci agiu com estoicismo e humildade, sem fazer balbúrdia nem atacar ninguém, mesmo porque sua situação eleitoral de favorito no pleito não o aconselhava a reagir como desesperado. O mais absurdo da campanha foi Djaci e Will sofrerem a oposição de funcionários não-estáveis (os comissionados), ocupantes de cargos em quase todos os órgãos do Governo do Estado, nomeados por Will Rodrigues, conforme este pôde constatar. Resta agora ao prefeito eleito, para assegurar sua reeleição, fazer um bom governo voltado sobretudo para o povão, que foi um dos fatores de seu sucesso no pleito de 5 de outubro deste ano. Na lei de causa e efeito, Djaci colheu o que havia semeado.
CONSEQUÊNCIAS
Para analistas da política de Itaporanga, a derrota infligida por Djaci aos seus adversários poderá prejudicá-los politicamente. Audiberg Alves, que disputou pelo PTB com o apoio do PMDB do senador Zé Maranhão, segundo esses analistas, corre o risco de cair no ostracismo, já que ficará sem mandato, enquanto Djaci e Will ficarão à vontade perante o governo Cássio para pontificarem e destruírem o prestígio de Berguim diante de Armando Abílio. Além do mais, conforme os comentaristas, a votação de Audiberg foi creditada na sua grande maioria ao apoio do PMDB. Por sua vez, o prefeito Antônio Porcino Sobrinho (PMDB), consoante as previsões, em face da derrota sofrida, começa a assistir ao desmoronamento da Era Barrocão.
DESEMPENHO
Ricardo Pereira, presidente do PTN em Itaporanga, está feliz com o que ele qualifica de "ótimo desempenho do PTN em Itaporanga". A legenda deixou de eleger um vereador por falta de 54 votos, o que favoreceu o candidato José Valeriano (PTB). Segundo ele, o PTN fez, no quociente eleitoral, 1.032 votos contra 1.086 do PTB/PMDB. Para Ricardo, o vereador Valeriano quase não se elege, "e foi ele o responsável pela exclusão da Câmara Municipal de Itaporanga no aumento de vagas, enquanto Piancó, com muito menos eleitores que Itaporanga, ficou com 11 cadeiras", disse.
POPURRI
* Ainda este mês, haverá a grande comemoração pela vitória de Djaci Brasileiro como prefeito eleito de Itaporanga, nas últimas eleições municipais. Will e Djaci estão em João Pessoa acertando com o governador Cássio a contratação de uma grande banda ou do trio elétrico de Capilé;
* O médico Djaci Brasileiro, segundo disse uma fonte de sua confiança, prentende reunir-se com Will Rodrigues para acertar o destino de pessoas nomeadas por Will, mas que votaram no bloco derrotado e pelo qual trabalharam com ardor. Para Djaci, essas pessoas devem ser substituídas por eleitores que demonsraram lealdade na grande batalha. "Além de traidores, muitos deles foram agressivos e provocadores", disse um amigo de Will;
* Fonte fidedigna assegura que três vereadores da oposição irão aderir ao prefeito eleito Djaci Brasileiro, brevemente, porque temem perder os empregos de seus apaniguados;
* Antônio Modesto diz que os que vinham escondendo o voto (em cima do muro) agora estão à procura dele pedindo adesivos e fotos de Djaci. Uma pessoa, pressentindo na noite anterior a derrota do seu candidato, procurou o comando da campanha de Djaci para comunicar sua adesão. São votos sem confiança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário