Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

sábado, 11 de outubro de 2008

A Paraíba estará de olho na reunião de terça-feira convocada pelo governador com sua força-tarefa

O governador Cássio Cunha Lima (PSDB) disse na última quinta-feira (09) que é “precoce” especular sobre suposta aliança dele com o prefeito reeleito de João Pessoa Ricardo Coutinho (PSB) nas eleições 2010. "É uma insistência muito precoce, nós estamos ainda concluindo um processo eleitoral de uma eleição municipal", disse Cunha Lima. O governador reafirmou que não é momento de se tratar de eleições 2010 quando ainda 2008 está em curso, no caso em Campina Grande que terá 2º turno.
Ele avaliou que o primeiro turno foi tranqüilo e o resultado político para o Governo foi “extraordinário” por conta da conquista de quase 140 prefeitos/prefeitas. "Nós ampliamos a nossa base de prefeituras e vamos agora nesse segundo turno disputar a prefeitura de Campina Grande", finalizou.
É bem verdade que o prefeito Ricardo Coutinho saiu cacifado das urnas domingo (05) e já está em plena campanha rumo ao Palácio da Redenção. Alguns analistas e políticos ligados ao grupo Cunha Lima asseguram que ele estará em 2010 aliado ao governador Cássio Cunha Lima. Hipótese provável somente se Rômulo Gouveia for novamente derrotado em Campina Grande, caso contrário, a coisa não será bem fácil assim não.
O consórcio de partidos ligados ao governador Cássio Cunha Lima conseguiu um feito extraordinário nestas eleições ao elegerem quase 140 prefeituras e juntas a conquista de Campina Grande poderam sim fazer a diferença diante do eleitorado de João Pessoa. Sem esse desempenho, nestas eleições, o eleitorado campinense sempre derrubou a vantagem dada pelo pessoense em cima do grupo Cunha Lima. E em 2010 caso Cássio continue separdo de Ricardo não será diferente. Se estiverem juntos não terá nem graça!
Há várias chapas sendo colocadas em curso, mesmo com dois anos de antecendência, são elas: 1ª) Ricardo (governo), Cássio e Ney (senado) - contra Maranhão (governo), Veneziano e Efraim (senado); 2ª) Cícero (governo), Cássio e Efraim (senado) - contra Maranhão (governo), Santiago e Veneziano (senado) - versus ainda Ricardo (governo), Ney e Luiz Couto (senado).
O problema para o governador não é necessariamente Ricardo mas sim os senadores Cícero Lucena e Efraim Morais, haja vista, que Lucena é o preferido de Cássio só que Morais terá o Governo do Estado na mão, com José Lacerda, quando o governador renunciar em abril de 2010 para disputar o Senado Federal.
Uma análise do jornalista Paulo Santos em sua coluna eletrônica, neste sábado, mostra muito bem como está este xadrez. Confiram:
"Juntos, Democratas e PSDB conquistaram 79 prefeituras (podendo chegar a 80 se os tucanos obtiverem sucesso em Campina Grande no segundo turno) e elegeram 636 vereadores paraibanos.
A soma desses agrupamentos políticos corresponde a mais de um terço dos prefeitos eleitos neste domingo (5). Isso quer dizer que os senadores Efraim Morais (DEM) e Cícero Lucena (PSDB) saíram bastante fortalecidos dentro do condomínio político administrado pelo governador Cássio Cunha Lima. E agora, quando começa pra valer o jogo de 2010, é o cacife de cada cacique que vale no Palácio da Redenção. É bem verdade que os Democratas saíram perdendo no plano nacional, com a redução do número de prefeituras conquistadas, mas o que prevalece para as eleições gerais é o desempenho no pleito municipal e, nesse caso, Efraim tem robustez para mostrar em Brasília. O mesmo pode ser dito de Cícero Lucena, mesmo que seu partido tenha tido um desempenho pífio em João Pessoa. Foi por saberem que João Pessoa era caso perdido e que Campina Grande teria um placar apertado que Efraim e Cícero saíram em busca do máximo de candidatos no interior.
A disputa interiorana sempre foi forte, mas com o comprometimento dos dois maiores colégios eleitorais, o jeito for cair na estrada. Cássio marcou uma reunião para terça-feira com todos que compõem sua força-tarefa. Deve ser realizada em Campina Grande. Vai chamar o feito à ordem e gentilmente pedir que cada um dê sua contribuição pela vitória de Rômulo Gouveia na Rainha da Borborema ou se afaste para sempre. O grito de guerra é sintomático: feio não é perder. Feio é perder dentro de casa rodeado dos maiores cacifes eleitorais do Estado. E é aí que o peso de cada um vai ser colocado à disposição do esquema porque o futuro de todos passa, sem sombra de dúvidas, por Campina Grande.
É importante fotografar essa reunião de todos os ângulos e identificar cada um dos participantes. O resultado que sair da câmera fotográfica deve ser guardado, senão para a posteridade, pelo menos para os primeiros passos em 2010, o ano da eleição. É possível que alguns da foto de terça-feira já não estejam no mesmo balaio dentro de dois anos."

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