Em Nova Olinda elas caminharam juntas nas eleições de 2006 hipotecando apoio à reeleição do governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e eram tidas como a chapa formada para estas eleições municipais, onde teria a promotora aposentada Maria Do Carmo (PR) como candidata a vice-prefeita na chapa encabeçada pela secretária municipal Maria Daguia (DEM). Porém, essa formação deu errado porque Do Carmo (de azul) decidiu sair candidata numa aliança com o jornalista Idácio Souto (PMDB), assessor do senador José Maranhão, contra a situação municipal comandada pelo ex-prefeito João Raimundo (DEM), pai de Daguia (de branco).Terminada as eleições 2008 Daguia sai vencedora do pleito e consegue a permanância do império de seu pai no município, do qual João é a maior liderança política. Do Carmo, mesmo derrotada, não entrega os pontos e buscar os caminhos da justiça para reverter o quadro desta disputa. O resultado é que duas Aijes foram movidas contra a prefeita eleita Daguia. Ela foi vencedora, segundo as as Aijes, em uma campanha eivada de denúncias de compra de voto, como puderam constatar a Justiça, o Ministério Público e a Polícia.
Alguns dias antes da eleição, uma ordem judicial determinou busca e apreensão na casa de Daguia, onde a polícia encontrou 59 cheques preenchidos com valores diversos, todos nominais e todos pré-datados para o dia da eleição e para os dias 8 e 10 de outubro. São fortes indícios de compra de votos, conforme afirmou o próprio juiz da Comarca de Piancó, que mandou abrir um inquérito policial para investigar o caso.
Os cheques da prefeitura foram encontrados na casa da candidata a prefeita, juntamente com outros documentos que deveriam estar nos arquivos da administração municipal. No dia da eleição, outro mandado de busca foi cumprido pela polícia, que apreendeu R$ 3,6 mil em dinheiro na casa da candidata. O inquérito policial já foi entregue ao juiz na última quinta-feira (09).
Nenhum comentário:
Postar um comentário