Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Fernando Enéas: "Watteu e as vivandeira do mago"

Em seu mais recente ensaio, o brilhante defensor público Dr. Fernando Enéas (foto) taxa seu companheiro comunista Watteau Rodrigues de 'vivandeira' do coletivo de Ricardo Coutinho. Na verdade, chamou Wateau pro ringue entre 'foices' e 'girassóis'. Para quem nunca viu tá aí uma boa briga entre comunistas, que seguem ideologia de pensadores como Karl Marx e Friedrich Engels. Um disputa que merece muita atenção porque no pano de fundo estão socialistas e conservadores. Apesar de Marx ter usado a palavra “socialismo” para se referir ao primeiro estágio do comunismo. No geral, essa briga promete. Confira:
WATEAU E AS VIVANDEIRAS DO MAGO
Conforme o dicionário Online de português, “As vivandeiras eram mulheres que acompanhavam os soldados, a pé ou em carroções atrás das colunas, nas marchas para os combates ou nas retiradas, pra tratá-los, fazer-lhes comida e dormir com eles nos acampamentos”.
É uma gente que o marechal Castello Branco se referia, há mais de 40 anos, como as “vivandeiras alvoroçadas” provocadoras de extravagâncias.
Lamentável que, na contramão da sedução demo-tucano, Wateau Rodrigues surpreenda, na condição de vivandeira em defesa do seu mago- patrão.
Surpreende que aquele comunista Wateau Rodrigues, em gesto isolado e divorciado do seu partido, venha aquecer o festival mexeriqueiro que assola a Paraíba, assumido a condição de mais uma dessas muitas “vivandeiras”, hoje tão em voga em nossa Paraíba, terra assolada por perversas e equivocadas administrações.
A realidade demonstra que há pessoas que parecem mesmo ter nascido para essa vida-vivandeira.
Sem um histórico político-partidário que as melhor credenciem e, na condição de eternos coadjuvantes, enveredam pelo caminho fácil do oportunismo-aventureirista na política. É passam a arrotar sandices na base do “se colar colou”. Tudo para mostrar serviço ao eventual patrão.
Por vezes exageram no enredo e erigem o palco das bufonarias, onde reinam os bobos da corte, os grilo falantes, os promotores de fuzarcas e as vivandeiras agitadas.
O perigo de tudo isso é que, enganam-se aqueles que pensam que os bobos e as vivandeiras são apenas meros patrocinadores de bufonarias a serviço do entretenimento.
Os realmente talentosos urdem na teia das suas extravagâncias a política que melhor apraz aos seus patrões.
A história registra que há casos de truões-vivandeiros que venceram na prática do ofício.
É o caso do impagável truão-vivandeiro Cristobal de Pernia, uma espécie de conselheiro extra-oficial da corte do rei Felipe IV.
Outros que não tiveram a mesma sorte tocam o curso de suas vidas-vivandeiras assim como se fora um “barco ébrio” em desequilíbrio constante pelos mares do equivoco político, sempre dispostos a tudo.
Aqui na Paraíba, por exemplo, constata-se que as nossas vivandeiras empregam a bufonaria de modo diverso, quase sempre com um viés ideológico de dissimulação para desviar atenções de sua delinqüente conveniência mercantil.
Nesta Paraíba de pós-cassação do tiranete dom Cássio (ou dom capo), as vivandeiras, cabos de esquadra do sonhado restauracionismo cassista se alvoroçam. Agitam guizos em seu ofício. É a velha trupe de falastrões vivandeiros somada a neotrupe de vivandeiras da atualidade.
No caso de Wateau creio haver tratamento. Quero crer que não se trata de uma crise patológica de revisionismo de esquerda, ou de crise restauracionista do el rei cassado que tanto infelicitou a Paraíba do Nego.
Delinqüente moral como classificou o próprio Wateau e, que, apeado do poder, segue por aí arrastando seu rôto manto de majestade deposta, assim como alma penada carregando às costas seu saco de maldades.
Não quero crer que Wateau transformou-se em defensor dos bucaneiros privacionistas do demo-tucanato, rendendo-se ao canto de suas sereias.
Não ouso acreditar que Wateau Rodrigues entregou-se as bacanais de Baltazar (o devasso bíblico) e às caricias de Friné (rameira bíblica).
Creio que talvez Wateau busque a ribalta midiática para, por dever de oficio, edulcorar a pílula da equivocada campanha do seu mago-patrão no embate contra o grisalho pmdebista.
Ouso mesmo acreditar tratar-se de mais uma daquelas “ bilôlas de equívocos” que leva o sujeito a embaralhar os significados, abusar das hipérboles, exceder-se nos adjetivos impróprios, e viajar na maionese das idéias desconexas.
Finalizando, ouso registrar que o glorioso PC do B nunca foi e nem será palco de vivandeiras e truões. É partido sério, guia-se por uma doutrina cientifica marxista leninista a qual não combina com oportunistas nem aventureiros. E como tal jamais se adentrará à caverna dos ali babás e seus muitos ladrões do erário e da consciência do nosso povo.
Dr. Fernando Enéas de Souza - Defensor Público, membro do PCdoB.

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