Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Da preferência familiar do governador, Wilson Braga é o vice ideal pra reeleição de Zé Maranhão

No dia 2 de outubro do ano passado publicamos com exclusividade anúncio do deputado federal Wilson Braga (PMDB) de que não iria mais disputar a reeleição mas sim uma das 36 cadeiras na Assembléia Legislativa, nas eleições vindouras. Naquele dia o deputado estava na Granja Santana, residência oficial do governo, em reunião com o governador José Maranhão (PMDB), acompanhado da ex-deputada Lúcia Braga e do ex-prefeito Fábio Arruda (Boa Ventura), quando entrou em contato conosco para passar o fato novo da política estadual. A idéia era ter um puxador de voto na disputa proporcional.
Pois bem, na verdade, parece que essa "novidade" estava guardando a realidade na cartada dada pelo governador no tabuleiro da eleições de 2010. Enxadrexista de mão cheia, Maranhão pode ter mesmo é Braga como seu companheiro de chapa, como candidato a vice. Pois trata-se de um nome com voto, prestígio e popularidade incontestáveis, como apregoa o ex-deputado Benjamin Maranhão, sobrinho do governador. Quem traz esse novo fato na política da Paraíba é o Portal Jampanews: "prestígio de Braga na capital reforça seu nome para vice na chapa do PMDB".
Como o Jampanews já havia antecipado a escolha do vice na chapa do candidato do PMDB passou a ser uma “tarefa doméstica”. Depois que o ex-deputado Benjamin Maranhão detonou as pretensões do senador Roberto Cavalcanti (PRB) e viu não surtir efeito as suas tentativas de atrair o peso pesado campinense, Veneziano Vital do Rego, para corroborar os projetos de reeleição do tio governador, ele junto com os demais parentes acalentam o sonho de empinar e consolidar o nome de outra estrela da constelação política do Estado, o ex-governador Wilson Braga (PMDB).
O nome de Braga foi revelado como sendo o da preferência da ala doméstica do governador José Maranhão em uma mesa de um restaurante famoso do litoral sul durante o reinado de Momo. Repleta de auxiliares da mais absoluta confiança do Governo, o assunto na mesa era a escolha do vice e o nome do ex-governador retumbava como sendo a solução para a formação de uma chapa imbatível em 2010. Apesar da empolgação dos maranhistas, eles reconhecem que o nome de Wilson Braga requer uma operação delicada, pois existe uma forte e violenta rejeição ao nome do ex-governado da parte do Sistema Correio principal cabo eleitoral das pretensões de Maranhão.
Afora essa resistência do poderoso grupo de comunicação, Braga preenche os requisitos anunciados pelo presidente do diretório municipal de João Pessoa, Benjamin Maranhão: tem voto, prestígio e popularidade incontestáveis. Com a escolha de Braga quem também estaria fora do páreo seria o governador em exercício, Luciano Cartaxo (PT). Cartaxo é visto pelo núcleo familiar do qual Benjamin é porta voz como uma “mala sem alça” difícil de ser carregado. O ex-vereador e atual vice juntamente com Roberto Cavalcanti não preenchem os requisitos anunciados pelo sobrinho: voto, prestígio e popularidade.
São corriqueiros esses argumentos utilizados pelos mais íntimos do governador quanto aos dois candidatos a vice na chapa do PMDB. Em qualquer mesa onde o assunto é abordado quando se cita o nome de Cartaxo e Cavalcanti, eles são imediatamente refutados, em termos até depreciativos, por essa ala que goza da maior intimidade com o governador Maranhão. Na ótica desses estrategistas, o senador peca pela inexperiência eleitoral e pelas complicações com a Justiça principalmente depois do episódio como governador de Brasília; Cartaxo pela pouca densidade eleitoral e por ser considerado como uma herança maldita que o Mago deixou nas fileiras do PMDB.
O vice-governador estaria sendo responsabilizado pelo fraco desempenho de Maranhão em redutos considerados estratégicos. “Ele não contribui para melhorar o desempenho da chapa nos principais redutos eleitorais”, alfinetam. Para eles, portanto, resta o nome do ex-governador Wilson Braga reconhecidamente um campeão de votos. Na avaliação deles, Braga tem votos em redutos como a capital e região metropolitana capaz de reduzir o favoritismo do principal adversário, Ricardo Coutinho. O problema é aplacar a fúria do senador Roberto Cavalcanti para que a sua poderosa estrutura de comunicação não se volte contra o candidato do partido.
Com relação ao PT bastaria contentar a voracidade da legenda por cargos e a destituição de Cartaxo estaria resolvida, ironizam.

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