Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Fernando Enéas: O Judiciário não pode calar!

CASO DESEMBARGADORA FÁTIMA BEZERRA CAVALCANTE MARANHÃO: O JUDICIÁRIO NÃO PODE CALAR!
Analizando as noticias e denúncias que se avolumam – sem resposta - acerca do “affair Fátima Bezerra”, vice (e futura) presidente do Tribunal de Justiça do nosso Estado, deparei-me com noticiário dos nossos portais onde se noticia que o TJ da Paraíba resiste a ponto de poder ser punido pelo CNJ – Conselho Nacional de Justiça, se não divulgar informações sobre o nosso judiciário.
Seria lamentável, pois em assim o acontecendo, viria a desgastar ainda mais a já corroída e desgastada imagem que hoje os nossos tribunais (aí incluído o pretório tabajarino) ostentam perante cidadãos e jurisdicionados.
Ouso crer que isso haverá de resolver-se sem maiores delongas, pois, do contrário, aquele tribunal estaria a celebrar o tão (ou mau) decantado “espírito de confraria” presente em nossos tribunais.
Creio mesmo que a Desembargadora Maria de Fátima Bezerra deveria sair do mutismo – que não fica bem em se tratando de magistrada maior – e manifestar-se de forma corajosa, clara e transparente perante cidadãos e jurisdicionados, em relação às muitas denúncias que povoam os nossos noticiários acerca de sua conduta parcial e influência em relação ao favorecimento político do seu esposo e governador.
O “affair Fátima Bezerra” é grave, muito embora fariseus e aduladores de plantão na província ergam em seus pavilhões o sofisma da “mulher de muitos títulos” e de “primeira dama” a qual estaria a ser perseguida pelos tacapes e flechas do “machismo tabajarino”.
Essa ladainha dos fariseus habitues do “circulo do beija mão” em nada ajuda a Dra. Fátima Bezerra, pessoa que orgulha a Paraíba em sua condição de mulher e magistrada de larga folha de serviços prestados ao nosso Judiciário..
Saibam os fariseus - asnos, porcos e galinhas - muitos alojados nas pocilgas e estribarias oficiais, que, em se tratando de grandes homens públicos e mulheres não poderia – no caso vertente - entrar jamais o culto da adulação.
Pois, o culto da adulação a cargo do elemento servil, conduz a ausência do senso moral que desserve as instituições e conduz ao arbítrio e a corrupção.
Notadamente nessa hora em que a influência política nas cúpulas dos tribunais de justiça, aliado a corrupção, vertentes de um mesmo comportamento, se materializou recentemente com a decisão do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, aposentando compulsoriamente 03 (três) desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso.
Teriam participado de um esquema de desvio de mais de R$ 1,2 milhões.
O Poder Judiciário, assim como qualquer um dos três Poderes (ou qualquer um outro) não é imune à interferência política que conduz a corrupção e ao arbítrio.
E a história passada e recente nos fazem conferir.
Vem-me à mente de imediato o caso Rocha Matos, o caso Nicolau (o lalau) e das juizas Maria de Fátima Carvalho e Janete Fadul, afastadas por acusação de venda de sentenças, pelo CNJ, entre outros muitos juizes (as) e desembargadores (as) só para exemplificar.
Magistrados (as) que, tomados pela ambição e sentimento de impunidade, renegaram os postulados de sua missão, subestimaram os cidadãos e jurisdicionados. E erguendo-se muito além da média dos mortais terráqueos e dos demais Poderes, deram curso ao “tudo quero e tudo posso”.
E como Narcisos fizeram da individual vontade, a medida de suas ambições desmesuradas.
E passaram a enxergar no cidadão apenas a sombra do apagão. Um zero. Um nada.
São aqueles doutores (as) da lei, a quem as Escrituras sagradas amaldiçoam no livro de São Mateus, cap. XXII:
Maldição sobre vós, doutores da
lei! Maldição sobre vós, hipócritas!
Assemelhais-vos aos sepulcros brancos
por fora; o exterior parece formoso,
mas o interior está cheio de ossos e
podridão.
Portanto a Dra. Fátima Bezerra, nossa única mulher Desembargadora – e isso aumenta em muito sua responsabilidade – assome à trincheira da tribuna, onde pontifica como magistrada e, possa de forma corajosa e transparente, por fim aos muitos questionamentos.
Para que nossos cidadãos (ãs) desiludidos, sem respostas, descrentes perante a justiça do nosso país, escandalizados com os salteadores do erário público, não possam enveredar pelo perigoso caminho descrito por Rui Barbosa.
“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”.
Em tais momentos é necessária a fortaleza conseqüente na condução do bem, para não o ver degenerar na abominação dos males inesperados.

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