Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

domingo, 28 de março de 2010

Após PMs abandonarem viaturas em CG, Comando Geral anuncia aumento salarial; Planilha fixará um salário de R$ 2.400 para soldado

Sexta-feira (26) policiais militares de Campina Grande radicalizaram em protesto, porque o Governo do Estado não respondeu à uma solicitação para realização de curso de direção de risco para àqueles que atuam como motoristas das viaturas, e decidiram trabalhar à pé deixando as viaturas paradas no pátio do 2º BPM. A reclamação é de que eles não receberam a capacitação necessária para conduzir as viaturas. E de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, dirigir sem esse curso é ilegal e corresponde a uma infração gravíssima.
No entanto, neste sábado (27) os policiais voltaram a trabalhar nas viaturas, após acordo firmado com o Comando Geral. Segundo informações (obtidas pelo Portal ParaibaemQAP), o comandante do 2º BPM, coronel Marcus Marconi, entrou em contato com o comandante-geral, coronel Wilde Monteiro, na manhã deste sábado. Na conversa, ficou decido que até a próxima terça-feira (30) o governo do Estado vai publicar uma planilha de reajuste para os policiais, estabelecendo um salário de R$ 2.400,00 para soldado.
A notícia foi recebida com satisfação pelos militares, que voltaram a usar as viaturas para executar o policiamento ostensivo nas ruas. "Mas os oficiais e praças do 2º BPM deixaram claro aos comandantes que, caso o acordo não seja cumprido até a próxima terça-feira (30), como ficou combinado, a partir da quarta-feira a paralisação dos policiais vai ser em toda a Paraíba. Isso faz parte do acordo", disse um policial.
A mobilização teve início em Campina Grande, após oficiais e praças decidirem não sair mais trabalhar com as viaturas, devido à “falta de capacitação dos policiais motoristas”, conforme dizem os militares, já que os condutores das viaturas devem, por lei, ter cursos específicos para assumir o posto. Sem as viaturas fazendo o policiamento ostensivo, os militares que estavam de serviço nessa sexta-feira tiveram que trabalhar a pé, tanto no centro da cidade quanto nos bairros.
"Foi a forma que encontramos de não fazermos nosso ‘movimento’ na ilegalidade. O que decidimos com a paralisação foi apenas não sairmos nas viaturas, porque da forma como está, estamos transgredindo a lei. Então, essa foi uma decisão dentro da legalidade. Mas comparecemos aos batalhões e estivemos de prontidão para trabalhar", disse outro PM, que preferiu resguardar sua identificação.
Por causa da paralisação dos policiais em Campina, uma equipe 20 policiais do GATE (Grupamento de Ações Táticas Especais) de João Pessoa teve que vir à Rainha da Borborema para atender uma ocorrência no bairro do Alto Branco. Segundo informações dos próprios militares, desde a noite dessa sexta-feira sete bandidos invadiram uma casa e mantiveram a família refém. O 2º BPM, sediado em Campina Grande, também conta com uma equipe do GATE, mas não pôde socorrer às vitimas por causa da paralisação.
“Sabemos que a sociedade é a maior prejudicada quando faltam policiais nas ruas e não é isso que queremos para o povo paraibano. No entanto, também temos família e nossos direitos”, ressaltou o policial. (ParaibaemQAP)

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