Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

sábado, 19 de setembro de 2009

Professor e historiador Francisco Raimundo fala ao 'Itaporanga em Foco' sobre a trajetória de Pe. Zé

O programa 'Itaporanga em Foco' deste sábado, levado ao ar a partir do meio-dia pela Rádio Correio do Vale AM e apresentado por este editor, foi inteiramente dedicado à memória do saudoso monsenhor José Sinfrônio de Assis Filho, o maior benfeitor de Itaporanga, morto há três anos. Para tanto, contamos com a importante participação do historiador e professor Francisco Raimundo, vice-diretor do Colégio Diocesano 'Dom João da Mata', fiel escudeiro e assistente do monenhor até seus últimos dias entre nós.
Raimundo contou com riqueza de detalhes momentos inesquecíveis da trajetória do monsenhor em Itaporanga, o quanto de barreiras conseguiu passar para tranformar a vida dos itaporanguenses, através da sua incansável determinação de buscar o desenvolvimento desta terra da maneira, ainda, mais viável que existe: a Educação. "Padre Zé foi um desbravador, o que podemos chamar de o novo Anchieta do Vale do Piancó. Àquele homem que saia de porta em porta, seja de jeepe, de jegue, não havia lugar que o Padre Zé não fosse. E, assim, andou por todo esse Vale do Piancó buscando milho, arroz, feijão, galinha, garrote... E, tudo isso, foi transformado em Educação", disse.
O monsenhor ficou conhecido como o grande benfeitor de Itaporanga, por ter sido responsável pela criação da escola 'São Domingos Sávio, que funcionava na sacristia da Igreja; pela construção do Colégio Diocesano; pela criação da Gráfica Mon. José Sinfrônio; pela criação da Filarmônica Cônego Manoel Firmino; pela ampliação da Igreja Matriz N. S. da Conceição; pela abertura do Hospital Distrital e da Maternidade; pela conquista da energia elétrica, após encontro com o presidente Juscelino Kubitschek; pela conquista da telecomunicação; pela construção da estátua do Cristo Redentor; entre outras obras e ações.
Além de grande construtor de monumentos o Padre Zé ficou marcado, também, como o homem que trouxe a paz para Itaporanga. É que nos primeiros anos de sua chegada, além da seca que assolava o nordeste, Itaporanga vivia em constante 'guerra entre famílias', onde todos os sábados (dia da feira-livre) se matava um ou dois diante dos acirramentos entre famílias rivais. E Padre Zé conseguiu a proeza de diminuir esse triste registro histórico após interceder juntos aos chefes das famílias mais tradicionais e rivais.
Durante a entrevista, tivemos participação de diversos ouvintes parabenizando o professor por dar continuidade, junto com Petronila (diretora), aos sonhos do monsenhor concernente a grande responsabilidade do Colégio Diocesano em garantir a formação dos jovens itaporanguenses. "Através da Educação ele (Pe. Zé) transformou a cidade, sua formação cultural e social, numa terra que prosperou e se desenvolveu. Quantos filhos, hoje doutores, estão brilhando por esse mundo e, antes, tiveram sua formação no Colégio Diocesano. Eles foram transformados através da fé e da ciência. A semente foi lançada pelo monsenhor e nós, agora, precisamos que ela seja adubada para concretizarmos todos os seus sonhos, que convergem numa mesma meta; transformar esse povo. E só através da educação conseguiremos isso, por isso, o Colégio Diocesano continuar fortificado fazendo o seu papel que é transformar e formar os jovens de Itaporanga e do Vale do Piancó", falou o professor. O professor Raimundo finalizou, bastante emocionado, suas palavras sobre a memória do monsenhor, com a seguinte frase: "No olhar curioso do aprendiz, o potencial da semente. Na habilidade do mestre, que ensina, a esperença de semeador. Assim foi a trajetória do nosso querido monsenhor José Sinfrônio, Padre Zé".
Esse foi, sem dúvidas, o legado deixado pelo monsenhor na 'Rainha do Vale'. E como disse, um dos ouvintes, Damião Braz: "assim como não existirá outro Papa João Paulo II, também, não existirá outro Padre Zé".

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