
Levando a primeira hipótese em consideração, Cássio não quis jogar a revelação na cara de Cícero no encontro de hoje, porque sabe que o senador tem uma carta na manga, mas que a retirada dela não depende apenas dele, mas também do STF que deve apreciar a ADPF 155 nos próximos dias/meses.
Em caso, remoto, mas possível, de eleições indiretas na Paraíba, Cícero é candidato praticamente vitorioso, de acordo com tese levantada por alguém muito próximo do tucano. Vamos a ela, a tese.
Com as eleições indiretas, os deputados decidem o novo governador. Ao todo são 36 parlamentares, 20 da oposição e 16 da situação. Dos 20 da oposição Cícero têm três aliados de primeira hora que já são computados como voto certo. Ruy Carneiro, Fabiano Lucena e João Gonçalves. Sobrariam 17 da oposição para votar em outro candidato, se não em Cícero e 16 da situação. Dos 17 da oposição, Lucena ganha mais um, que tem interesse direto no afastamento do senador do Congresso Nacional, Dunga Júnior, que viria, seu pai, Carlos Dunga ascender ao Senado.
Pois be, restaria 16 para cada lado e mais os 4 de Cícero. Todos sabem que Maranhão nunca considerou Cícero um inimigo e os dois 'caminharam' juntos até 2002, quando o tucano decidiu ceder a condição de candidato do Zépara apoiar Cássio. Com isso, Cícero poderia ser eleito governador tanto pela oposição como pela situação, caso Cássio insistisse na aliança com Ricardo.
A tese é complicada e parece coisa de ceneastra maluco, mas como o próprio Cícero já disse certa vez, na política, ele só não viu boi voar.
Cássio sabendo disso, resolveu esperar a definição do STF que deve sair ainda este ano, como o próprio presidente do STF afirmou em recente visita à Paraíba, para poder revelar o que realmente se passa no seu quengo.
Empurrar a definição pra frente é a melhor coisa para todos no atual momento de muitas indefinições.
Marcos Wéric
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