Zé Maranhão mandou parar obras no final de 2002

Olha aí, que tem rabo de palha... O líder da ‘Caravana da Reconstrução’, senador José Maranhão (PMDB), logo depois que perdeu o Governo do Estado para Cássio Cunha Lima (PSDB), com uma única canetada ordenou que empresas de construção de estradas paralisassem obras já iniciadas. Ao todo, foram 14 obras. Isto pode ser comprovado através de ofícios (ver alguns acima) enviados para os responsáveis legais das empresas que estavam executando serviços de pavimentação e recuperação de estradas. Foram 14 ofícios datados do dia 1º de novembro de 2002.Os textos dos 14 ofícios trazem frases como: “devido a problemas técnicos ... cumprindo determinação … estamos autorizando a essa Empresa paralisar...”. Porém, não presta maiores explicações, apenas, que as construtoras precisariam deixar as obras de lado, mesmo que tivessem perto da conclusão. Também não fica claro se as empresas receberam ou não pelos serviços já executados. Estes documentos evidenciam a capacidade que o senador José Maranhão tem de deixar obras inacabadas e atestam que o peemedebista não tem zelo pelo que é público e não sabe separar a administração estadual dos embates políticos.

O ofício 20/C ordenou a paralisação da pavimentação do acesso à Praia da Penha (Vila dos Pescadores), mostrando que José Maranhão sequer assume os compromissos firmados com a classe dos pescadores. Ofício 25 determinou suspensão da pavimentação da estrada de acesso a Pedra de Santo Antônio, no município de Fagundes, e que configura em um local turístico e de cunho religioso. Isso mostra como o senador José Maranhão está na contramão. Enquanto outros Estados brasileiros fomentam o turismo, o então governador da Paraíba, em 2002, dificulta o acesso aos locais de potenciais turísticos e religiosos.

Continuando, o Ofício 26 mandou interromper os serviços de implantação em revestimento asfáltico da rodovia PB-391, trecho Uiraúna/Poço Dantas. Ofício 27 interrompeu a restauração da rodovia PB-073, trecho Guarabira/Pirpirituba - estranha-se porque este trecho compreende a região de um aliado político do senador José Maranhão. Ofício 28 ordenou a paralisação da pavimentação da rodovia PB-384, no trecho: entrada de Nazarezinho/São Gonçalo/entrada da BR-230.A paralisação dos serviços de pavimentação da rodovia PB-176, trecho BR-412/Gurjão foi ordenada através do Ofício 29. O Ofício 30 paralisou a pavimentação da rodovia PB-115, trecho Puxinanã/Montadas. O 31 diz respeito à rodovia PB-045, da entrada da PB-041 até Cuité de Mamanguape.

Com o Ofício 32 se interrompeu a pavimentação da rodovia PB-077 (Pilões/Cuitegi). Já o Ofício 33 determinou que a pavimentação dos acessos lateral e principal da UEPB, em Campina Grande, fossem interrompidos. Para interromper a pavimentação da rodovia PB-312, no trecho entrada BR-361/Emas foi preciso apenas três linhas escritas no ofício 35. Através do Ofício 36 foi autorizada a paralisação dos serviços de restauração da rodovia PB-057, no trecho Mamanguape/Itapororoca/Araçagi/Guarabira. O Ofício 37 suspendeu a obra de restauração da rodovia PB-110, trecho Patos/Teixeira/divisa dos Estados PB-PE. E o Ofício 39 ordenou a suspensão dos serviços de trechos de duas rodovias estaduais: PB-405 (Cajazeiras/São João do Rio do Peixe) e PB-393 (São João do Rio do Peixe/Brejo das Freiras).
JP