A renovação da política paraibana se dá pelas prefeituras municipais. É na gestão dos municípios que os políticos granjeiam prestígio e, conforme seja o caso, podem alçar vôos maiores na política estadual. Isso não é achismo, é constatação. Vejam a composição da Assembléia Legislativa nas últimas legislaturas e haverão de concordar com esta tese. Dinaldo Wanderlei, Carlos Batinga, Branco Mendes, Dr. Verissinho, Márcio Roberto são deputados estaduais hoje justamente por terem exercido bem o comando de suas prefeituras em Patos, Monteiro e Alhandra. Há muitos outros casos, mas estes bastam para provar o argumento.E esse assunto está sendo trazido à debate pelo fato de que em João Pessoa, com Ricardo Coutinho (foto), e em Campina Grande, com Veneziano Vital do Rego, esboça-se um processo de renovação política no Estado que não tem merecido a devida atenção dos meios políticos. Ricardo é, sem dúvida, um campeão de avaliações positivas. Esta no terceiro ano de sua administração e, salvo engano, é imbatível a dados de hoje na campanha pela reeleição. Veneziano vai enfrentar problemas maiores. A oposição em Campina Grande é bem mais organizada do que em João Pessoa. Não se pode também deixar de registrar o trabalho que vem sendo feito em Cajazeiras, pelo prefeito Carlos Antônio, principalmente na área da educação.
As expectativas do eleitorado paraibano se concentram, portanto, na esperança de que esses novos agentes políticos possam alcançar os seus novos postos, mas sobretudo possam trazer idéias novas para o cansado e dicotômico mundo político do Estado. Ricardo é, sem dúvida, o quadro político que se destaca nesta safra de novos gestores públicos. Tem defeitos? É claro que tem. Mas quem avalia sem paixões o trabalho que está sendo feito na capital não pode deixar de reconhecer as suas qualidades.
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