Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

domingo, 16 de dezembro de 2007

Pedra Branca está entre os 50 municípios com maior investimento per capita no Brasil

De acordo com a pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, no município de Pedra Branca, aministrado pelo prefeito Antônio Bastos (foto) que investe R$ 352,00, por pessoa, e fica vizinho a Ibiara (que gasta apenas R$ 6,70), a população também não dispõe de hospital e conta apenas com duas equipes do Programa Saúde da Família para atender a cerca de 3,7 mil habitantes. “As duas equipes jamais poderiam resolver os problemas de saúde das pessoas da cidade, mas com a implantação de programas complementares, estamos conseguindo estender os serviços a toda população. Os investimentos são altos, mas no momento é preciso, temos uma população muito carente de serviços de atenção básica”, afirmou a secretária de Saúde de Pedra Branca, Mônica Maria de Sousa.
Para suprir a falta do atendimento de média e alta complexidade, a administração fez a pactuação com as cidades de Itaporanga, Conceição, Campina Grande e João Pessoa. “Infelizmente, temos uma cota pequena destinada ao município pelo Sistema Único de Saúde. É muito pouco e temos que cobrir com os recursos que o município dispõe”, informou a secretária. Ela garante que os gastos no setor, este ano, vão superar os 17% e lembra que o índice constitucional é de 15%. “Nós recebemos do Ministério da Saúde cerca de R$ 28 mil mensalmente, mas as nossas despesas chegam aos R$ 80 mil. Para se ter idéia, o município recebe pouco mais de R$ 600,00 para abastecer a Farmácia Básica, só que temos uma despesa de mais de R$ 20 mil com medicamentos”, assegurou o prefeito, Antônio Bastos Sobrinho.
Se de um lado os gastos ultrapassam os limites constitucionais, por outro, são comemorados pela população. “Precisei dos serviços da saúde e recebi um tratamento de primeira qualidade. Em 2005, engravidei de gêmeas e, ao mesmo tempo, descobri que estava com problemas de hipertensão. A partir daí, passei a ter um acompanhamento com os médicos e do programa de atenção a gestantes”, contou Maria Bethânia Barbosa, mãe de Iasmin e Iara. “O parto só foi possível depois que fui encaminhada para a Maternidade Cândida Vargas, em João Pessoa. Até na viagem fui acompanhada de uma enfermeira. Não se pode deixar de reconhecer a assistência prestada em Pedra Branca”, relatou Maria, que tem mais de 40 anos e passou por uma gravidez de alto risco. Dados do Ministério da Saúde mostram que em 2005, os três municípios da Paraíba que menos gastam em saúde registraram várias mortes de crianças menores de um ano. Segundo o MS, em Ibiara, duas crianças morreram em 2005; em Sapé, 24 e, em Alagoa Grande, 12. Já Pedra Branca e Parari, registraram um óbito cada um. Em quixaba, não houve nenhum óbito de criança.
O agricultor Severino Silva Ramos reclamou da falta de hospital na cidade, mas elogiou o trabalho realizado pelos profissionais do setor da saúde. “Pra nós que moramos em Pedra Branca, o que temos por aqui é coisa de cidade grande. Se tivesse hospital ficaria ainda mais completo. Mas vamos chegar lá”, afirmou, esperançoso. A cidade hoje conta com um laboratório de análises clínicas, adquiriu um aparelho de ultra-sonografia. “São ações simples, mas que dão resultado. O diferencial em Pedra Branca é que decidimos concentrar nossas forças para estruturar a atenção básica, trabalhando em parceria com outros setores da administração”, revelou Mônica Sousa.
O saneamento em Pedra Branca passou a receber uma atenção maior a partir de 2005, quando o município teve um surto de diarréia. “Nesse ano, mais de 90% da população ficou doente. Isso causou uma preocupação enorme, pois o problema estava nos esgotos a céu aberto ao redor da cidade. Continuar remediando era jogar dinheiro fora”, relatou a secretária de Saúde de Pedra Branca, Mônica Maria de Sousa. Ela disse que a Prefeitura então decidiu investir no saneamento da cidade e construiu 5 mil metros de rede. “Em dois anos, eliminamos os esgotos que corriam abertamente pelas ruas e construímos a estação de tratamento biológica, que hoje recebe 80% dos dejetos de Pedra Branca”, assegurou a secretária. A estação está localizada na entrada de Pedra Branca e foi adquirida em convênio com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Ela funciona com cinco filtros, que recebem, diariamente, 300 mil litros de esgotos de 380 residências. “Após todo o tratamento, conseguimos aproveitar mais de 30 mil litros de água, que são destinados a irrigação da plantação de capim, nas proximidades da estação”, detalhou o secretário de infra-estrutura, Antônio Alves Santos.
fonte: Correio da Paraíba

Nenhum comentário: