Escola do jornalismo paraibano. Assim ficou conhecido o jornal A União ao longo de 116 anos, comemorados neste dia 2 de fevereiro. Pela sua redação, passaram nomes ilustres como Orris Soares, Augusto dos Anjos, Gama e Melo, José Lins do Rego e José Américo. Este último chegou a considerá-lo como a primeira universidade da Paraíba. E foram muitos jornalistas que saíram daqui para as redações de outros jornais paraibanos e nacionais.
Sede do Jornal A União
Fundado em 1893, no governo do então presidente da Província, Álvaro Machado, A União serviu, inicialmente, como órgão do Partido Republicano do Estado, com o objetivo de procurar enquadrar a Paraíba em sua política de preservação da Federação. Mas foram várias as transformações experimentadas ao longo de sua trajetória e o jornal passou a informar a população sobre os fatos ocorridos no estado, no Brasil e no mundo.
Nesta sua trajetória, ressalte-se uma edição especial com 32 páginas, publicada no dia 26 de julho de 1931, reverenciando João Pessoa, que havia sido assassinado um ano antes. Foi considerado um trabalho de beleza gráfica, que continha ainda um balanço da administração do ex-presidente, discursos, etc, cujos exemplares foram requisitados por várias partes do país.Muitas também foram as mudanças de sedes, de conteúdo e de visual. Uma bastante significativa foi quando saiu das velhas máquinas linotipos e acolheu as inovações tecnológicas.
Sala de Redação do Jornal A União
Num passado recente – final dos anos 90 – o jornal chegou a circular como vespertino, publicando os fatos antes dos outros periódicos do estado, a exemplo do atentado terrorista às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, nos Estados Unidos, no dia 11 de setembro de 2001. Pouco tempo depois, voltou a ser matutino. Nos últimos anos, mais inovações. A partir de 2003, sob o comando do jornalista Itamar Cândido na Superintendência da empresa, o jornal saiu de seu modelo Standard para circular no Berliner, ou formato europeu, como é chamado e é hábito no Velho Continente.
Passou também a exibir um novo design gráfico, apresentando uma leitura mais leve, novas cores e formatos criativos que apresentam um campo visual agradável e de rápida percepção por parte do público leitor. "Apesar da longevidade, o jornal não parou no tempo e vem cada vez mais adotando inovações, em sintonia com a tendência do mercado gráfico e editorial", observa o superintendente Itamar Cândido ao ressalvar que as mudanças não a afastaram da sua tradição de jornal-escola e nem também de referencial histórico da construção da Paraíba de ontem e de hoje.
Secom
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