Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Ronaldo: "Cássio é a maior liderança na Paraíba"

ANDAREI PELOS TEUS PASSOS...
Guiei teus passos na vida, um dia,
quando
Precisavas de colo e regaços
Eram forte e firmes os meus braços
E eram frágeis teus passos, quando
Andando.
E o tempo, em nossos passos, foi
Passando
E descobrimos, nós dois, novos espaços,
Com a tua juventude e os meus cansaços
Tu me amando bem mais e bem mais te
Amando.
Hoje, filho, és meu norte e a minha meta
Em ti, o meu futuro se projeta
Permitindo da morte ir mais além.
Porque, me deixas, Cássio, convencido
Que através de tua voz, serei ouvido
Que por seus passos, andarei também...
(Ronaldo Cunha Lima)

Em entrevista concedida neste domingo (15), ao Portal Tribuna do Norte Online, o ex-prefeito, ex-governador, ex-senador, ex-deputado (ufa!) Ronaldo Cunha Lima afirmou que "de todos os cargos políticos o de prefeito é o melhor". Autoridade e muita ele tem para falar, já que ocupou todos os cargos políticos, com exceção de presidente da República. “O prefeito vive uma intimidade com o povo, como prefeito você se sente realizado”, destaca.
Aliás, sobre disputas políticas o poeta também tem muito o que falar: nunca perdeu uma disputa diretamente e em todas as campanhas em que esteve envolvido também saiu vitorioso. Agora ele está acompanhando, muito de perto, mais uma disputa, não política, mas judicial que poderá influenciar em uma vitória eleitoral. O seu filho, Cássio Cunha Lima, governador da Paraíba, foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral e pelo Tribunal Superior Eleitoral, o processo está em fase final, já que o ministro Arnaldo Versiane deverá apresentar o seu voto vista em sessão plenário do TSE nesta terça-feira (17).
Confira, abaixo, alguns trechos da entrevista em que mostra o que pensa e como pensa Ronaldo Cunha Lima:
De todos os cargos que o senhor ocupou na política qual o melhor?
O melhor é o de prefeito. O prefeito vive uma intimidade com o povo, como prefeito você se sente realizado. No caso do Legislativo você não sente a obra como prefeito. E o prefeito determina e com pouco tempo você já vê a obra concluída, dá mais emoção pela realização. Eu costumo dizer que o prefeito é um habitante da intimidade do povo.
Como o senhor avalia hoje a situação do presidente Lula e do PT: a maior liderança do partido vive uma aprovação de 84% na sua administração, em contrapartida a legenda não consegue uma projeção nem parecida?
É um fenômeno. Lula em si já é um fenômeno. Ele tem uma popularidade incrível, por mais que seu governo erre, por mais escândalo que aconteça, ele fica imune a tudo. E ele comanda o partido, o PT, tem várias correntes, mas ainda é uma legenda forte, principalmente pelo nome de Lula. Temos que reconhecer que Lula é enigmático.
Como o senhor acompanha o caso do seu filho Cássio Cunha Lima que foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral e pelo Tribunal Superior Eleitoral e corre o risco de perder o cargo?
Com muita apreensão, mas com muita confiança. O problema de Cássio, ele foi julgado, cassado, por uso de programa social. Ele não foi cassado por compra de votos e nem por improbidade administrativa. Mas o programa social a que se referem os juízes foi criado há vários anos, com dotação orçamentária própria e com critérios.
O governador Cássio Cunha Lima escreveu até um artigo onde diz que o Judiciário está querendo acabar com a soberania do voto. É isso mesmo. Ele foi eleito quatro vezes. Até agora o Tribunal da Paraíba está se fazendo assim, cassou a soberania popular. Cássio ganhou a eleição com mais de 1 milhão de votos. Ele ganhou quatro eleições, disputou dois turnos, querem tirar do povo a manifestação quatro vezes repetida. E outro ponto em que a lei deve ser modificada é no sentido de que o derrotado pode assumir. Aí é uma violência a vontade popular. A lei fala em segundo colocado, mas no segundo turno não tem segundo colocado, tem vencedor e perdedor. Acho um absurdo o perdedor assumir em detrimento da vontade popular.
É melhor ser político ou poeta?
Poeta. Porque poeta depende só das emoções, o político depende de muitos fatos alheios a sua vontade e fora das circunstâncias. O poeta sonha, ama, o poeta vive sua vida interior, na hora que ele quer transbordar vai para o papel. Eu faço poesia e faço política. Em mim a poesia é um instante de lucidez em meio a momentos de loucura.
Seus momentos de loucura estão na política?
A política é um momento de loucura em meio aos meus momentos de lucidez.
Qual o melhor tema para se trabalhar na poesia?
Inegavelmente o amor. O amor na sua dimensão maior, o amor não esse fútil, rotineiro, mas o amor tridimensional, até diria subnatural. Minha temática nos meus livro é o amor.
O senhor é melhor na política ou na poesia?
Na poesia. Embora na política eu tenha vencido todas as eleições que disputei e aquelas em que participei diretamente. Fui vereador duas vezes, prefeito duas vezes, deputado estadual duas vezes, governador e senador. Como poeta sou chamado, apelidado de poeta e isso me gratifica muito.
Qual a receita que o senhor traz para ter vencido todas as eleições?
Coerência, honestidade e espírito público.
Quem é a maior liderança política hoje na Paraíba?
Cássio Cunha Lima.
TribunadoNorte

Um comentário:

Reginaldo disse...

não se preocupe ronaldo seu filho vai dar a volta por cima, pois isso quem vai dessidir é o povo denovo para o bem da paraíba