O deputado Luiz Couto (PT-PB) declarou nesta segunda-feira (16) que a prisão de alguns suspeitos pelo assassinato do advogado Manoel Bezerra de Mattos Neto, ocorrido na praia de Pitimbu em 24 de janeiro último, não significa que o caso esteja resolvido. O parlamentar disse entender que apesar dessas capturas, não foram localizados os mandantes e fornecedores de motos, carros e armas usadas na execução. “É preciso deter os patrocinadores e financiadores do crime que permanecem sem identificação”, cobrou.Segundo Luiz Couto, as características das eliminações na região de Itambé (PE) e Pedras de Fogo (PB) dão a entender, claramente, que não há apenas uma pessoa agindo e sim um bando que ameaça e depois tira a vida de quem resistir. “Esta realidade tem forçado diversas pessoas e até famílias inteiras a abandonarem as casas onde moram para residirem em locais ignorados, como o único meio de escaparem da morte”, relatou o deputado.
Para Luiz Couto, o ideal é a federalização não somente do assassínio de Mattos, mas de todos os crimes que envolvam grupos de extermínio e pistolagem, o que, segundo ele, dará credibilidade e ajudará na elucidação dos fatos, “até porque o secretário de Segurança Pública da Paraíba insiste em negar a existência desses grupos, enquanto que o resultado da CPI do Extermínio no Nordeste mostrou o contrário”.
Couto informou, ainda, que participou, juntamente com outros parlamentares, de uma reunião no Ministério da Justiça no último dia 4, oportunidade em que ouviu do próprio ministro Tarso Genro a narração de que Alagoas, Paraíba e Pernambuco são os estados nordestinos que apresentam os maiores números de assassinatos, sendo que a Paraíba foi o único que não tomou providências para coibir, inteligentemente, os atos de violência que vêm acontecendo.
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