"Depois que o DEM rompeu publicamente com José Sarney (PMDB-AP), parlamentares da legenda entraram na linha de tiro dos aliados do senador e do governo Lula. Dono da 1ª secretaria do Senado de fevereiro de 2005 a fevereiro de 2009, Efraim Morais (PB) é o próximo alvo. Pelas mãos dele passaram contratos e atos que, em tese, podem causar embaraço ao DEM. Nos últimos dias, Efraim ficou longe da tribuna."
Esta semana começou com manchetes como estas trazidas ao público pelo Jornal o Globo pelo Congresso em Foco. Dito e feito! A semana termina com manchete da revista Isto É, que já está nas bancas, metendo a ripa nos couros do senador paraibano que "teria recebido R$ 300 mil mensal de proprina de fornecedor do Senado". A matéria acusa o Efraim Morais (DEM) de ser um dos principais responsáveis num esquema de recebimento de propinas através da primeira-secretaria do Senado, comandada nos últimos anos pelo Democratas. O senador não foi encontrado para comentar a denúncia, mas sua assessoria garante que nada procede e que até matéria requentada.
Intitulada de O operador do DEM, a matéria revela que “um personagem chave começa a jogar luz sobre a caixa-preta em que se transformou a primeira-secretaria do Senado Federal, controlada há uma década com mão de ferro pelo antigo PFL, hoje DEM, responsável pela gestão de R$ 2,7 bilhões por ano”. Segundo a revista, o personagem chave é Aloysio de Brito Vieira, o “Matraca”, ex-presidente da Comissão de Licitação da Casa, que se tornou o operador de um esquema de desvio de dinheiro público e pagamento de propinas que funciona com a conivência ou participação de alguns senadores do DEM.
Na tarde da quinta-feira 9, a ISTOÉ apresentou documentos a um dos cabeças da organização que revelou como funcionava o esquema. Para fazer parte do pool de fornecedores do Senado, empresas eram obrigadas a pagar uma propina que, dependendo do valor do contrato, poderia chegar a 30%. “Só a empresa Ipanema foi obrigada a pagar R$ 300 mil reais por mês para o primeiro secretário Efraim Morais”, contou.
A Ipanema Empresas de Serviços Gerais de Transportes Ltda., que recebia cerca de R$ 30 milhões por ano pela terceirização dos funcionários da agência, jornal, rádio e TV da Casa, atuou no Senado até o final de março. Outras empresas como a Delta Engenharia Indústria e Comércio Ltda. e a Brasília Informática também teriam pago comissões a Efraim, segundo o participante do esquema. Durante a gestão de Efraim à frente da primeira-secretaria, o dinheiro desviado chegava às mãos do senador por intermédio do assessor parlamentar Eduardo Bonifácio Ferreira. Era ele quem levava o pacote com a dinheirama até o gabinete do senador democrata. A importância de Bonifácio era tamanha que ele detinha a chave do gabinete do primeiro-secretário.
Bonifácio chegou a ser filmado e fotografado pelo serviço de inteligência da Polícia Federal, a partir do circuito interno de câmeras do Senado. Mesmo depois de perder o cargo de assessor, ele continuou com a chave do gabinete. Segundo detalhou à ISTOÉ o integrante do grupo, os pagamentos mensais eram feitos em cima das faturas dos contratos. Assim que a fatura das empresas chegava ao banco, o percentual da propina era automaticamente retirado. (Wscom)
Click aqui e confira a integra da matéria da ISTOÉ
Esta semana começou com manchetes como estas trazidas ao público pelo Jornal o Globo pelo Congresso em Foco. Dito e feito! A semana termina com manchete da revista Isto É, que já está nas bancas, metendo a ripa nos couros do senador paraibano que "teria recebido R$ 300 mil mensal de proprina de fornecedor do Senado". A matéria acusa o Efraim Morais (DEM) de ser um dos principais responsáveis num esquema de recebimento de propinas através da primeira-secretaria do Senado, comandada nos últimos anos pelo Democratas. O senador não foi encontrado para comentar a denúncia, mas sua assessoria garante que nada procede e que até matéria requentada.
Intitulada de O operador do DEM, a matéria revela que “um personagem chave começa a jogar luz sobre a caixa-preta em que se transformou a primeira-secretaria do Senado Federal, controlada há uma década com mão de ferro pelo antigo PFL, hoje DEM, responsável pela gestão de R$ 2,7 bilhões por ano”. Segundo a revista, o personagem chave é Aloysio de Brito Vieira, o “Matraca”, ex-presidente da Comissão de Licitação da Casa, que se tornou o operador de um esquema de desvio de dinheiro público e pagamento de propinas que funciona com a conivência ou participação de alguns senadores do DEM.
Na tarde da quinta-feira 9, a ISTOÉ apresentou documentos a um dos cabeças da organização que revelou como funcionava o esquema. Para fazer parte do pool de fornecedores do Senado, empresas eram obrigadas a pagar uma propina que, dependendo do valor do contrato, poderia chegar a 30%. “Só a empresa Ipanema foi obrigada a pagar R$ 300 mil reais por mês para o primeiro secretário Efraim Morais”, contou.
A Ipanema Empresas de Serviços Gerais de Transportes Ltda., que recebia cerca de R$ 30 milhões por ano pela terceirização dos funcionários da agência, jornal, rádio e TV da Casa, atuou no Senado até o final de março. Outras empresas como a Delta Engenharia Indústria e Comércio Ltda. e a Brasília Informática também teriam pago comissões a Efraim, segundo o participante do esquema. Durante a gestão de Efraim à frente da primeira-secretaria, o dinheiro desviado chegava às mãos do senador por intermédio do assessor parlamentar Eduardo Bonifácio Ferreira. Era ele quem levava o pacote com a dinheirama até o gabinete do senador democrata. A importância de Bonifácio era tamanha que ele detinha a chave do gabinete do primeiro-secretário.
Bonifácio chegou a ser filmado e fotografado pelo serviço de inteligência da Polícia Federal, a partir do circuito interno de câmeras do Senado. Mesmo depois de perder o cargo de assessor, ele continuou com a chave do gabinete. Segundo detalhou à ISTOÉ o integrante do grupo, os pagamentos mensais eram feitos em cima das faturas dos contratos. Assim que a fatura das empresas chegava ao banco, o percentual da propina era automaticamente retirado. (Wscom)
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