Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

domingo, 5 de abril de 2009

E agora, como fica sem Cássio?

Confira, abaixo, artigo deste domingo do jornalista Walter Santos:
Era o que os aliados mais afoitos e/ou radicais menos queriam! O anúncio do ex-governador Cássio Cunha Lima de que vai se ausentar do Estado a partir de maio para estudar nos Estados nos próximos meses traduz na prática a decisão do líder político de priorizar a sua própria vida e formação pessoal deixando as lutas políticas para mais na frente. Ora, se Cássio é o principal contra-pronto ao governo Maranhão e toma a decisão de afastar – se temporariamente do confronto, quem vai assumir essa condição a partir de agora?
Não precisa ser expert em política para identificar que os senadores Efraim Morais e Cícero Lucena não têm manequins de oposicionistas mais rigorosos na relação com Maranhão, até porque faz tempo nunca assumiram posição de confronto ao atual governador. Cícero como pré-candidato vai assumir a partir de agora essa condição?: terá coragem dessa condição? E o senador Efraim, como vai tratar essa questão? Ficará onde está como candidato ligth ou vai para o confronto com Maranhão? Bom, pelo menos em tese, nenhum dos dois age como quem pretende assumir esse novo perfil de embate para se credenciar.
Se isso é verdade, a momentânea ausência de Cássio tenderá a transferir para o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, a condição mais próxima desse tal contra – ponto na perspectiva de futuro, aliás, já assumindo mesmo negando esse manequim político distinto. Na pratica, de forma pensada Cássio gerou um fosso nas relações políticas deixando a todos os demais lideres políticos reféns do fator tempo porque somente na sua volta é que, enfim, se definirá os rumos políticos da Paraíba agora forçando aos demais atores a alternativa de viabilidade de cada um dos seus projetos.
O ex-governador tirou de seus ombros a carga de ser condutor da briga continuada com Maranhão e, no contra-ponto, vai levar o conjunto da sociedade a fazer seu próprio juízo de valor sobre quem é quem na política do Estado, ou seja, a comparação vai existir mas sem necessariamente tendo a presença física de Cássio. Para os aliados pode até parecer um ato de efeito negativo, mas o gesto de Cássio somente será dimensionado no curso do processo histórico quando lhe reservará o tirocínio, a sabedoria melhor dizendo, de saber dar tempo ao tempo até para conhecer como se comportam seus aliados e desafetos à distância.
Cícero e o projeto Serra
Do lado da Oposição ao governo do Estado, o senador Cicero é quem deverá viver um sentimento de maior agonia porque a ele é dada a tarefa precípua de montar palanque para o presidencial Serra, portanto, agora sem Cássio as coisas ficam sem a mesma força de antes. Se é assim, o que de fato fará? O que for, vamos registrar.
Efraim e seu espólio
Da parte do senador Efraim Morais, lhe compete muita atenção aos movimentos de bastidores, portanto, vai trabalhar muito para dar dimensão à sua pretensa candidatura ao Governo quando, na pratica, deve servir mesmo para marcar posição na sua reeleição. A propósito, vai ficar com Cássio até o fim ou pode dialogar com Maranhão?
Ricardo e a ‘Oposiçao’
Tirante Cícero, o prefeito Ricardo Coutinho sofre muito mais criticas de setores próximos dele do que dos demais lideres oposicionistas a Maranhão, ou seja, nem Cássio nem Efraim reverberam acusações ao líder do PSB. Os problemas, em síntese, vêm do próprio partido e de setores do PMDB cada vez mais criando dificuldades, agora com apoio de setores da mídia.

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