
A reunião tinha sido marcada pelo próprio prefeito, atendendo a pedidos de manifestantes e do próprio defensor público que estavam nas ruas da cidade reinvidicando moradias após as perdas causadas pelas fortes chuvas. Fernando narrou que eles foram surpreendidos ao serem recebidos por policiais militares, familiares e políticos aliados do prefeito. Ele ainda contou que a todo instante na reunião o prefeito estava bastante exaltado e que se irritava com frequência.
A agressão teria acontecido quando Edilson se impacientou com o defensor público por ter dito que o prefeito não estava em condições de dialogar com os presentes. Foi quando, segundo o defensor, o prefeito partiu para agressões verbais contra ele. Ao tentar se retirar do ambiente, o irmão do prefeito, conhecido como Chagas, teria barrado a saída do defensor e o machucado. Fernando prestou queixa na delegacia da cidade, onde passou por exame para constatar a agressão.

A respeito da reunião, Edilson contou que o defensor teria juntado manifestantes para exigirem casas e terras que a prefeitura não poderia fornecer. Ele conta ainda que os manifestantes estavam armados com foices e facões e que gritavam "saia prefeito ladrão". O prefeito convocou a polícia para garantir a segurança na reunião.
Sobre a agressão, Edilson contou que Chagas foi empurrado pelo defensor que tentava deixar a reunião. Mas, ao ser empurrado, seu irmão teria reagido impulsivamente para evitar ser agredido. Ainda segundo o prefeito, até vereadores da oposição presentes na reunião se dispuseram a ser testemunhas de que não houve agressão.
O prefeito aproveitou a entrevista e denúciou o defensor público. Segundo Edílson, Fernando Enéias estaria aplicando golpes no comércio da cidade e irregularmente cobrando para advogar, já que Fernando é um Defensor Público e não pode cobrar para defender a população. Ele ainda falou que Fernando também o teria procurado para tentar empregar sua mulher em qualquer cargo na prefeitura. Além disso, o defensor passou a exigir carros com combustível, computadores, mesas e acessórios para compor um escritório particular.
O prefeito vai entrar com uma representação no Ministério Público, na Defensoria Pública e na delegacia da cidade, pedindo o afastamento do defensor. Na tarde desta quarta (22), o acusado de agredi-lo, Chagas, foi ouvido pelo delegado Cristiano Jackson. Ele negou a acusação de agressão. O promotor do município, Eduardo Torres, disse que caso a denúncia se comprove, Chagas será julgado em fórum. Quanto ao prefeito, pelas agressões verbais, ele pode ser processado por ataque à honra, lesão corporal e constragimento ilegal.
Paraiba1
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