O Poder Judiciário da Paraíba entrou na Mira do Conselho Nacional de Justiça. A investigação sobre denúncias graves envolvendo integrantes do Judiciário será presidida pelo corregedor-geral de justiça, conselheiro Gilson Dipp. As nomeações em grande escala de parentes de desembargadores, juízes e integrantes do judiciário paraibano no Governo Maranhão III é um dos pontos da correição dirigida por Dipp.
Desde que assumiu o terceiro mandato, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, em fevereiro deste ano, o governador José Maranhão (PMDB) foi bastante generoso em nomeações de integrantes do Judiciário paraibano. O Diário Oficial está repleto de atos governamentais distribuindo cargos para filhos, sobrinhos e parentes de desembargadores. Serão também investigadas possíveis irregularidades em relação a diárias e gratificações concedidas.
A primeira nomeação mais emblemática foi a do filho do advogado Nadir Valengo, um dos juízes que votaram no Tribunal Regional Eleitoral pela cassação do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), no caso dos cheques da FAC. Rafael Dantas Valengo foi nomeado no dia 12 de março para o cargo de Gestor de Programa Estruturante, símbolo CDS-3, com exercício no Gabinete do Governador. Teve o ato tornado sem efeito no dia seguinte, após denúncia do PB AGORA.
A última delas foi a filha do juiz Paulo Maia, vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho, TRT, que passa a ocupar cargo de Diretoria na Cagepa. Ele se une a lista, encabeçada pela primeira-dama, desembargadora Fátima Bezerra, composta por familiares dos magistrados Júlio Paulo Neto, Nilo Ramalho, Marcus Souto Maior, Luiz Silvio Ramalho, Onaldo Queiroga, Guilherme Ferraz e tantos outros.
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