O ex-governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), abriu o coração ao ClickPB e falou sobre a saudade que sente da Paraíba, especialmente durante os festejos juninos. O tucano fez comentários sobre a cassação do governador de Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB) e ressaltou que não responsabiliza o Poder Judiciário pela sua saída do Palácio da Redenção. “Sinto saudades das coisas simples da nossa terra, da convivência com os amigos e do aconchego da família. Vivo um exílio voluntário provocado por uma equivocada decisão judicial”, disse o ex-governador que se encontra nos Estados Unidos, onde busca aperfeiçoar o inglês.
Sobre sua saudade do São João, Cássio contou que passou a noite do último dia 23 em um restaurante alemão, ouvindo uma sanfona, mas reiterou sua paixão pela música nordestina. “A minha véspera de São João , acredite , foi ouvindo sanfona. Não era a sanfona de um Amazan, de um Pinto do Acordeon, Valdonis ou de um Flávio José, mas era sanfona. Fui a um restaurante alemão, onde um bom músico abrandou minha saudade. A simples possibilidade de visualizar este instrumento que cala tão fundo nos corações nordestinos, acalentou minha alma”, revelou.
Apesar de evitar tocar em assuntos referentes à política partidária, Cássio destacou a diferença no entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quando tratou do caso em que cassou o mandato de Marcelo Miranda, determinando novas eleições indiretas e mostrou confiança no Supremo Tribunal Federal (STF), onde acredita que existirá uma unificação do entendimento jurídico.
Apesar da queixa, o tucano não culpou a corte eleitoral, mas responsabilizou aqueles que escrevem as leis por disparidades na interpretação da Constituição. “Não responsabilizo o Poder Judiciário pelo meu afastamento do governo, mas sim o Congresso Nacional que produziu uma legislação que retira do povo o soberano direito de escolha dos seus Governantes. E o que é pior, uma Legislação que possibilita decisões díspares, vide o caso do Estado do Tocantins. Mas o Supremo em breve haverá de unificar o entendimento diferenciado, caso a caso, do TSE”, disse. Ao final da entrevista, Cássio falou sobre a experiência de voltar ao mundo dos livros e cadernos, diante de uma rotina diária, onde reencontrou “sentimentos adormecidos”.
“No mais, prossigo minha rotina diária de estudante. Na mochila carrego livros e cadernos, mas conduzo também sonhos e esperanças. Revejo meu passado, me reencontro com sentimentos adormecidos e me revigoro para retomar a luta. Estarei na trincheira de sempre, ao lado do povo, sobretudo daqueles que mais precisam , trabalhando por um Estado melhor. Avante Paraíba”, exclamou.
Janildo Silva
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