Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A cruzada de Remígio Júnior rumo ao TRE-PB e os bastidores da sessão que escolheu a lista tríplice

Destemido, guerreiro e audacioso, assim vejo o amigo advogado piancoense Remígio Júnior com quem mantive descontraído bate-papo horas atrás, em visita deste ao editor Blog. É uma verdadeira cruzada a sua caminhada rumo à uma vaga de juiz no Tribunal Regiona Elitoral da Paraíba. Da primeira etapa ele já saiu vitorioso, está na lista tríplice, pela segunda vez consecutiva, escolhida, em votação, e enviada pelo Tribunal de Justiça da Paraíba para o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolher um e nomeá-lo membo efetivo do TRE-PB na vaga do juiz Renan Neves de Vasoncelos, que deixa a corte no próximo dia 13 de junho.
Informações, chegadas ao Blog da capital, dão conta de articulações, constrangimentos e manobras que aconteceram durante a sessão para escolha da lista tríplice. E como vimos foi briga de 'gente grande'. Faz necessário lembrar que esta já é a terceira disputa de Remígio Júnior nas cortes da justiça paraibana. Em 2007, ele concorreu à uma vaga de Desembargador do TJ, pelo quinto constitucionl da OAB, e não fez feio para um advogado, ao contrário dos demais (à exceção de Joaquim Alencar/Cajazeiras), com escritório no interior, fora do eixo João Pessoa-Campina Grande. Júnior foi o terceiro mais votado do Sertão, entre seus pares, assim como na região de Guarabira. Em Itaporanga, dos votos em jogo só não obteve apenas um (em branco). Não esteve na lista sêxtupla porque tinha feras como Odom Bezerra, J. Abrantes, Carlos Aquino, Marcelo... em vantagem no eixo JP-CG.
No ano passado, Antônio Remígio da Silva Júnior voltou a concorrer a um cargo nas estâncias superiores da justiça paraibano, desta vez a vaga do juiz Nadir Valengo no TRE-PB. Na ocasião, dos noves advogados concorrentes Remígio Júnior foi o mais votado, com 17 votos, seguido por Lyra Benjamin, com 16 votos, e Eugênio Nóbrega, com 10 votos. O presidente Lula acabou escolhendo, após quatro meses de suspense, Lyra Benjamin, nomeado em março passado. Guerreiro Remígio Júnior decide, então, disputar novamente a indicação para outra vaga aberta no TER-PB este ano, desta vez a do juiz Renan Neves que se afasta no dia de Santo Antônio (data do padroeiro de Piancó).
Bastidores da Votação - Antes de começar a sessão administrativa do Pleno do TJ, ocorrida no último dia 6, nove advogados, dos 14 inscritos, desistiram de concorrer de cara. Por quê? Porque, segundo eles, a disputa era ‘barbada’ já que continham nomes como: João Ricardo Coelho, Márcio Henrique, Newton Vita e Paulo Câmara. E para influenciar a escolha dos dois primeiros o trabalho da Desembargadora Maria de Fátima Bezerra Cavalcanti, esposa do governador José Maranhão, alçada mês passado à condição de vice-presidente do TJ-PB. Ou seja, muita concentração de poder no Clã Maranhão. A escolha de Márcio ou Coelho era favas contadas.
Vejam o que disse o ex-governador Cássio Cunha Lima, depois do silencio voluntário, que se arrependia de ter subestimado a força da desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti – a quem ele atribui forte influencia no judiciário, inclusive no eleitoral. E assim nada melhor do que ter mais um soldado de guarda no TRE-PB.
Expliquemos, pois:
1º) João Ricardo Coelho, ex-assessor jurídico da Cinep no Governo Maranhão II já exerce atualmente o cargo de juiz substituto do TRE justamente por influência de José Maranhão, sem falar, que tem ligações próximas do secretário estadual Roosevelt Vita;
2º) Márcio Henrique tem a esposa (Ana) lotada no Gabinete da Desª Maria de Fátima Bezerra Cavalcanti, que segundo informações brigou até o último minuto para vê-lo na lista tríplice. Márcio, inclusive, atuou como advogado de José Maranhão nas eleições de 2002 e 2006;
3º) Newton Vita vem a ser cunhado do presidente do TJ, desembargador Luiz Sílvio Ramalho;
E 4º) Paulo Câmara, nada mais do que filho do desembargador Leôncio Teixeira.
Pronto, contra esse time o restante dos concorrentes estavam desestimulados à disputa. Menos Remígio Júnior, denominado o ‘último dos moicanos’. E contrariando todos os preceitos foi a luta enfrentando os ‘tubarões’ do poder judiciário paraibano.
Era visível, porém, o constrangimento, na corte, com a Desª Maria de Fátima presidindo a sessão, já que a mesma tinha um candidato: Márcio Henrique. Ora, legalmente ela não estava impedida mas poderia ética e profissionalmente seguir o comportamento dos desembargadores Leôncio Câmara e Luiz Silvio, que se averbaram suspeitos justamente por terem os seus candidatos na disputa. Que ética que nada. A Desª não só presidiu a sessão como sufragou o seu voto.
Então, com cinco candidatos na disputa, no primeiro escrutínio foram indicados os advogados Newton Nobel Sobreira Vita e Paulo Wanderley Câmara, cada um com 10 dos 13 votos em jogo. Os demais receberam: Márcio Henrique (7 votos), Remígio Júnior (6 votos) e João Ricardo Coelho (6 votos). Neste instante a Desª tentou fazer do seu candidato o terceiro escolhido e assim o declarou. Porém, os demais desembargadores não aceitaram tal manobra e exigiram uma nova votação, deixando-a enfurecida por estar sendo contrariada. “Passe então a urna”, disse a Desª ao dar início ao segundo escrutínio. Neste, os desembargadores, como que para darem o troco às pretensões da Desª, depositaram em peso os votos em Remígio Júnior, que obteve 9 votos, seguido de Márcio Henrique, com 4 votos, e João Ricardo Coelho, com 1 voto. Ou seja, devido a tentativa da Desª Maria de Fátima em querer declarar o seu candidato o terceiro escolhido, simplesmente os votos que ele e João Ricardo tinham recebios migraram, quase todos, para Remígio Júnior num claro recado a influencia do Clã Maranhão dentro do poder judiciário paraibano.
Portanto, Remígio Júnior passou pelo primeiro teste que foi derrotar a influencia do Clã Maranhão dentro do TJ. Mas tem pela frente um páreo duro contra dois nomes com ligações de parentesco direto com desembargadores. Que em tempos de espírito antinepotista nas instituições, pode ser um fator decisivo e contar a seu favor na hora da Presidência da República escolher o novo membro efetivo do TER-PB. Porque não?
Quatro desembargadores, dos 19, não votaram: Marcos Souto Maior, que está afastado do TJ, Genésio Gomes Pereira, que está de férias, Leôncio Teixeira e Luiz Silvio, ambos se averbaram suspeitos. Dos 15 desembargadores aptos a votarem, um deles votou em branco, contabilizando, portanto, apenas 14 votos. Como há uma eleição e os nomes são escolhidos no voto, pode ser que não caracterize favorecimento de parentes, esta eleição, porém os dois nomes (Paulo Câmara e Newlton Vitta) aparece, pelo menos diante da opinião pública, como suspeitos.
Ao falar sobre a possibilidde de ser o escolhido pela Presidência da República, Remígio Júnior disse que estar "lutando bastante para que isso ocorra mesmo sabendo que os outros dois nomes também são bons e fortes", comentou. Remígio Jr., na verdade, já é um vitorioso, haja vista, ser ele o primeiro advogado do interior paraibano a estar inscrito (pela segunda vez) numa lista trípice escolhida pelo TJ-PB. E sem conta com nenhum apoio das lideranças políticas estaduais nessa disputa. É o único concorrente sem vinculo qualquer com os chefes dos poderes executivo e judiciário da Paraíba.
Comentários para este Post:
Luis Júnior disse...
Parabénssss, vc é uma pessoa que merece representar o povo da paraiba e não esse injusticeiros que negão a vontade do povo, mais uma vez meus parabens e o vale do pianco esta torcendo por vc.Nova Olinda
14 de Maio de 2009 05:02

Um comentário:

Luis Júnior disse...

Parabénssss, vc é uma pessoa que merece representar o povo da paraiba e não esse injusticeiros que negão a vontade do povo, mais uma vez meus parabens e o vale do pianco esta torcendo por vc.

Nova Olinda