Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Congresso prepara ressurreição da reforma política

O Legislativo tentará, nesta semana, mudar de assunto. Deseja arrancar das manchetes as transgressões éticas. Em troca, vai oferecer o debate sobre reforma política. Na mesa, proposta formulada por uma comissão de deputados.
Coordenou-a o deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS). Pretende-se reservar a sessão de quarta (6) para esmiuçar o projeto.
Diz-se que há muito por reformar no sistema eleitoral brasileiro. Mas o grupo sugere que os colegas se concentrem num par de temas: 1. Voto em lista; 2. Financiamento público das campanhas.
A prevalecer o item 1, o eleitor deixará de optar pelo candidato de sua preferência. No encontro com as urnas, passará a votar apenas nas legendas. Somados os votos, elegem-se os candidatos escolhidos previamente pelos partidos.
Quanto mais votos obtiver uma agremiação, maior o número de eleitos de sua lista. Quem elabora a relação de candidatos? As cúpulas partidárias.
Vingando o item 2, o custeio das campanhas passaria a ser bancado pela Viúva. Os partidos ficarão proibidos de correr o chapéu defronte de guichês privados.
Deseja-se, em suma, o seguinte: Que o eleitor pague por um pleito no qual lhe será negado o gostinho de optar por este ou por aquele candidato. A isso se resumiu a reforma política urdida nos subterrâneos do Congresso.
O par de idéias tem o apoio dos partidos que importam: PMDB, PT, PSDB e DEM. Se levadas a voto, não são negligenciáveis as chances de que passem. “Precisamos aprovar até o final de setembro”, diz Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM.
Explica-se: para que possam vigorar em 2010, as novas regras precisam vir à luz um ano antes da eleição. Na dúvida, a Justiça Eleitoral esboça regras mais rígidas para o manuseio de verbas em 2010.
Josias de Souza

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