Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Marcos Alfredo: "A trégua acabou"

A Controladoria do Estado está finalizando relatório de auditoria realizada nas secretarias e órgãos do Governo. O documento, que apresenta levantamento da gestão Cássio Cunha Lima, tem sido tratado nos corredores do Palácio da Redenção como “nitroglicerina pura”. As informações foram reveladas ao Portal Wscom por fontes ligadas ao Governo, presentes no X Fórum dos Governadores do Nordeste, realizado nesta sexta-feira (8) em Natal com a presença do governador José Maranhão.
Agora, confira, mais um pertinente artigo de Marcos Alfredo que vem dando show de bola no Portal PBAgora:
O Governo Maranhão III anuncia: a partir da próxima semana, abrirá as baterias contra a gestão anterior de Cássio Cunha Lima. Na prática, será o fim de uma trégua que, sem acordos formais ou mesmo tratativas informais, vinha existindo desde que o atual governador assumiu o Palácio da Redenção, em 18 de fevereiro último. Através de códigos próprios do poder, os dois grupos vinham-se permitindo um tempo necessário para estudo de adversários que mudam de posição. A trégua existia por questões de ordem pragmática, do ponto de vista político.
Maranhistas - Para o novo governo, foi interessante porque permitiu que houvesse uma concentração de energias no sentido de organizar equipe, conhecer uma máquina administrativa que sofreu reformulações, passar a entender as minúcias que a nova ordem jurídica impõe ao ente federado que esteve longe do alcance das mãos de Maranhão e seu grupo por longos seis anos.
Cassistas - Para a tropa do ex-governador Cássio a trégua não anunciada, mas tacitamente cumprida, também teve sua serventia. Diante do processo de desalojamento emergencial de um governo que seguia para sua segunda metade, a acomodação da nova situação também terminou por concentrar as atenções gerais, permitindo ao exército combalido a oportunidade para se restabelecer, organizar-se dentro da circunstância adversa e também começar a se reestruturar como oposição.
A munição de cada um - Diante da guerra declarada, de uma Paraíba literalmente dividida ao meio, pode-se esperar petardos de ambos os lados. Dentro da máquina, Maranhão formou equipes de sindicâncias nesses últimos dois meses e alguns dias e agora se acha em condições de expor as feridas do Governo Cássio. Com bastante munição também colhida, com base nas lambanças do Maranhão III, a oposição cassista promete muita dor de cabeça, através de denúncias de alto teor explosivo, todas bem documentadas.
É esperar pra ver. Embora o ideal fosse que esse tipo de confronto tivesse como resultado um governo aprendendo com seus erros e uma oposição ajudando a melhorar o Estado, com um trabalho de fiscalização necessário, sabemos que isso dificilmente ocorrerá. Os grupos em conflito acham a Paraíba pequena demais para eles dois.

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