Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Conselheiros esclarecem que o Conselho Tutelar já tinha tomado providências com menor que matou agricultor, antes de outro conselheiro pedir soltura

Esse caso do menor R.N.G (17anos) que estava internado no CEA-Sousa, ação conseguida pelos conselheiros Roberta/Leo e Júnior, após ser solto retorna à Itaporanga e mata um agricultor (de 21 anos) que não lhe deu dinheiro para comprar drogas, está redendo muito devido a grande cobrança da população pela motivação que levara a soltura dele. Diante dessa polêmica, a presidente do Conselho Tutelar, Roberta Pereira, juntamente com Leovegildo e Júnior, estiveram esta manhã no programa Correio Debate, da Rádio Correio do Vale AM e apresentado por Cláudio Nepó e Flávio José, e em seguida no Show de Notícia, levado ao ar pela Padra Bonita FM e ancorado por este editor e auxiliado por Júnior Viriato e Marta Ribeiro, para alguns esclarecimentos sobre o caso.
"[...] Nós acompanhávamos e até conseguimos a internação (no CEA) desse adolescente. Pra mim foi uma surpresa quando a polícia entrou em contato com agente e o encontramos lá na delegacia. Eu não sabia que ele estava de volta à Itaporanga. E estando lá, ele (o menor) me falou que havia voltado de Sousa porque um conselheiro o havia trazido. Eu fiquei abismada com o que aconteceu", disse Roberta. A presidente do Conselho Tutelar contou como ficou sabendo dos motivos que levaram a soltura desse menor: "[...] Fiquei sabendo de uma audiência que houve no fórum com a juíza e que o conselheiro Alcídes Bezerra lá estando, onde na verdade quem deveria estar era nós três que já vinha acompanhando o caso, pediu uma ajuda à Drª Elza pra que esse adolescente voltasse à Itaporanga, onde ele (Alcídes) iria trabalhar para mudar o seu comportamento".
Roberta disse que a recuperação desse menor é muito difícil e que sua liberdade não poderia ter acontecido: "[...] Estou a quatro anos como presidentes do Conselho Tutelar e digo que esse neste caso é muito difícil a mudança de comportamento desse adolescente, sendo o mais apropriado que ele continuasse internado no CEA, como o deixamos. [...] Então, esse caso chocou a população local e confesso que estou pasma com o que aconteceu e suas circunstâncias", falou. O conselheiro Júnior mostrou-se revoltado com a intereferência do conselheiro Alcídes nos trabalhos que estão sendo acompanhados pelos demais, atrabalhando o desempenho de suas funções. "[...] Recebi logo cedo várias ligações, de populares, perguntando: Cadê o Conselho que não tomou providências antes, neste caso? E estamos aqui para esclarecer que tomamos providência sim, pois esse menor estava internado no CEA porque conseguimos isso. Agora, o conselheiro Alcídes é quem deve ser penalizado por ter feito essa besteira. [...] Estou estarrecido com o que aconteceu. Quero deixar até meus pêsames pra família da vítima", disse.
"[...] Então, após essa ‘maldita’ audiência em que o conselheiro Alcídes, muito infeliz, pediu pra que colocasse esse adolescente diante da sociedade novamente ele tem que pagar pelo grave erro que cometeu e não o Conselho com um todo. Um dia eu possa errar também e devo pagar pelo meu erro. Mas a sociedade tem que saber que eu, Leo e Roberta, tomamos providências com esse adolescente, internando-o no CEA, e cobrar do conselheiro Alcídes a sua falha", completou. Junior revela ainda que não há união dos conselheiros dentro do próprio Conselho: "[...] Alcídes adotou outro modo de trabalhar no Conselho que está atrapalhando o conjunto. Se quiser continuar trabalhando assim ele deve ser penalizado. [...] Ninguém sabia dessa audiência. Nós viemos saber depois que o adolescente foi solto. O conselheiro Alcídes não comentou nada para o Conselho, com relação à essa audiência", exclamou.
Já o conselheiro Leovegildo explicou que os casos de alta periculosidade, após requisitado pela polícia, sempre foram acompanhados por ele, Júnior e Roberta. Léo, como é mais conhecido, foi enfático ao questionar as circunstância como tudo aconteceu: " [...] Como é que numa audiência circunstanciada o conselheiro Alcídes pede a soltura de um menor, que representa um perigo para a sociedade, dizendo que vai cuidar dele? Acompanhá-lo? Recuperá-lo? E, agora, como é que a juíza, após dar crédito ao conselheiro, vai atender novamente o nosso pedido para internar esse adolescente, diante da besteira feita pelo conselheiro? [...] É àquela coisa de três quererem trabalhar de forma lícita e um querendo desfazer tudo de maneira ilícita".
Léo ainda disse que após matar o agricultor, o adolescente tentou fugir, pois sabi o que acabara de cometer, mas foi preso pela polícia. Ele costumeiramente é detido acusado de roubo, furto, drogas e agressões a seus pais. "[...] Se o conselheiro Alcídes tiver consciência, sentimento, da gravidade de seu erro ele deve reconhecê-lo. Pois, ele sabia, inclusive, que esse adolescente já tinha ameaçado um dos conselheiros", pontuou. Léo afirmou que deverá buscar uma punição para o caso: "[...] Será tomada as providências cabíveis, junto aos demais conselheiros, pois vamos acionar o Conselho Municipal, o promotor de justiça e a juíza para que seja dada uma punição ao conselheiro. No mínimo ele deve ser severamente advertido para que continue usando e honrando a camisa do Conselho Tutelar. Porque aqui não é lugar pra brincadeiras, aqui é lugar para gente séria e responsável. Então, se ele (Alcídes) não souber respeitar as atribuições do Conselho, infelizmente, será preciso pedir o seu afastamento", desferiu.
Ao final da entrevista, a presidente do Conselho Tutelar, Roberta Pereira explicou o fato de se ter levado um caso interno ao conhecimento público. "[...] Nós estamos aqui falando o nome de Alcídes e o que ele fez porque a população está cobrando uma atitude do Conselho Tutelar e a nossa obrigação é esclarecer os fatos à sociedade, para que ela saiba que o conselheiro fulano de tal fez isso e aquilo. E não estou aqui falando mal de Alcídes mas sim esclarecendo a verdade dos fatos. E a verdade eu digo a qualquer pessoa, seja quem for. O fato é que um cidadão de bem morreu e nós não podemos mais retorná-lo ao convívio de sua família. Mas a população tem que saber que o Conselho Tutelar havia tomado as providências com relação ao menor infrator, no entanto, diante de um erro de um conselheiro que está atrapalhando nosso trabalho esse adolescente foi solto. Aliás, antes de vir às Rádios prestar estes esclarecimentos eu liguei para o conselheiro Alcídes, inclusive, convidando para dar sua versão mas ele não quis vir. Assim o fiz, porque eu gosto de falar a verdade cara a cara, seja aqui ou em qualquer lugar".
No final da tarde o conselheiro Alcídes Bezerra esteve em minha residência e numa conversa ele disse estar abalado com o caso, que vai tentar provar a sua inocência nesse incidente, que os três conselheiros (Roberta, Leo e Júnior) estão "subindo" em suas costas e que entrará com uma ação contra os mesmos. Porém, ao ser indagado pelo editor sobre a veracidade de ter participado de uma audiência e pedido a asoltura do menor, Alcídes disse o seguinte: "[...] Estive no fórum após ser procurado pela mãe desse adolescente e lá quando (a juíza) Drª Elza me perguntou sobre a situação dele... Quando eu vi que ele estava com um olho inchado (provavelmente de briga dentro do CEA), procurei ajudá-lo e disse ajuíza que ele poderia ser recuperado. Aí levei ele várias vezes para participar de cultos na Assembléia de Deus...". Por fim, perguntei-lhe se sentia-se responsabilizado pelo caso. Ele ficou calado!

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