Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Bate-boca, quebra-quebra e pancadaria marcam retorno de atividades na Câmara em Catingueira, que analisa criar CPI contra o prefeito Edivan.

A volta dos trabalhos da Câmara Municipal de Vereadores na cidade de Catingueira, ontem, foi marcada por muita confusão, denúncias, vaias, quebra-quebra e gente até puxando faca. Foi um verdadeiro pandemônio que precisou da interferência do Choque do III Batalhão de Patos. Tudo decorreu a partir das denúncias da Controladoria Geral da União, que identificou 108 irregularidades na administração do atual prefeito, Edivan Félix (foto), dias atrás. As graves denúncias levaram a oposição a torná-las públicas na Câmara Municipal, com o desejo de criação de uma CPI, cuja finalidade é a cassação de Edivan. O PTB ficou a cargo de apresentar as irregularidades e o fez.
O presidente da Câmara, Casa Severino Tibúrcio, Emídio Chagas, não colocou a matéria de acusação para que fosse apreciada pelos parlamentares mirins e cedeu a palavra ao prefeito Edvan Félix que, segundo o presidente municipal do PTB, Petrônio Fausto, usou da palavra para atacar as filhas da ex-prefeita de Catingueira Zuila Pires e os presentes. Dentro e fora da Câmara havia cerca de 300 pessoas. Foi solicitado apoio da PM para evitar algum tumulto. O ex-prefeito de Catingueira, Dão de Candú, primo de Edvan, teria tentado agredir o servidor municipal José Américo. O quebra-quebra de cadeiras, bebedouros e outros equipamentos teve início logo após o discurso de Edvan, que atacou com palavras as pessoas que o vaiaram. Durante a confusão um senhor puxou da cintura uma faca-peixeira. “A Polícia agiu rápido para desarmar Antônio Ancelmo, que sacou de uma faca de dez polegadas”, informou ao garimpando palavras o presidente do PTB.
Ainda durante a sessão aconteceu caloroso bate-boca entre os advogados da Câmara e os dois contratados pelo PTB, partido de oposição que já deu entrada com pedido de afastamento do cargo do prefeito de Catingueira junto ao Ministério Público. Os advogados de acusação citaram a Decreto-Lei 201/67, que trata das responsabilidades dos prefeitos e vereadores. A denúincia pode ser feita por qualquer cidadão e no seu Art. 4º diz que infrações político-administrativas dos Prefeitos Municipais são sujeitas ao julgamento pela Câmara dos Vereadores e sancionadas com a cassação do mandato. Por isso o presidente Emídio Chagas está obstaculando o trabalho do Legislativo e terá que responder perante a Justiça.
Emídio, porém, informou que só apresentará a matéria que trata das acusações a Edvan na próxima sessão, daqui a quinze dias. O vereador em Catingueira recebe salário de mais de mil reais por duas sessões ao mês, cada qual de aproximadamente duas horas.
fonte: Marcos Oliveira

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