Audiberg Alves vai rebater declarações de Porcino mas não convense e deixa correlionários frustados

"Discurso que não convenceu". "Uma fala insosa". "Faltou firmeza nas declarações". São essas as análises que entendedores da política local tiveram diante da entrevista que o ex-vereador Audiberg Alves (PTB), concedeu esta manhã ao programa Correio Debate local, apresentado pelo radialista Flávio José.

O ex-vereador foi "rebater" a afirmativa de que teria compromisso com a candidatura à reeleição do governador José Maranhão (PMDB), dita pelo ex-prefeito Antônio Porcino (PMDB) na última sexta-feira (30) no mesmo programa radiofônico. É só conferir: Porcino diz no Correio Debate que vota em Toinho da Loja para deputado e que Audiberg Alves tem compromisso com a reeleição de Zé Maranhão

Recebi cerca de 30 (trinta) ligações, inclusive, de correligionários do petebista onde afirmaram que a fala do ex-vereador foi "fraca", sem "convencimento", deixando "dúvidas" e margem para "credibilidade maior" no que Porcino havia dito. E olhe, caro leitor, que o ex-vereador foi muito pressionado por sua base política para essa réplica, segundo me informou um guru seu.

Acompanhemos, abaixo, alguns trechos da fala do ex-vereador:

[...] A política ela tem que ser feita com seriedade. É (???)... Recentemente, há um mês, estive num casamento em João Pessoa e Idácio Souto (assessor especial do governador), que foi meu contemporâneo (estudamos juntos no Colégio 2.001, o 3º ano cientifico), me ligou convidando para um encontro com o governador (Zé Maranhão). É (???)... Eu disse a ele (Idácio) que não haveria nenhum problema porque eu tinha sido candidato a prefeito (em 2008) com composição com o PMDB.

[...] É (???)... Mais apenas para que os ouvintes tenham um conhecimento, todo mundo sabe que na última campanha eu compus minha chapa com o companheiro Paulo Porcino, do PMDB, por sinal, um companheiro sério, leal, um rapaz assim de auto-estima. E, hoje, apesar da gente ser de partidos diferentes nós nos tornamos verdadeiros amigos. Paulo é uma pessoa excelente. E, por outro lado, o PMDB tem Antônio Porcino que é uma pessoa séria, tem Zé Porcino um homem correto, e uma característica muito grande de Antônio (Porcino) é que ele é amigos dos amigos dele. É isso que agente tem notado por trás da sua seriedade. E juntando tudo isso, eu sai ganhando com o apoio do PMDB e o PMDB saiu ganhando com o meu apoio (em 2008). Foi uma coisa muito boa.

Minha gente, por isso que conveniências políticas apagam o passado mais depressa do que se imagina. Pois, a única coisa que eu não ouvia quando das reuniões do grupo do qual Berguim e Cia faziam parte, três anos atrás pra trás, era justamente esses elogios (à exceção de Zé). Mas, como dizia, em se tratando de política... deixa pra lá!

[...] Por outro lado, é... Estive na conversa com o governador, que me recebeu muito bem, e a primeira coisa que eu fiz foi agradecer pela atenção que ele tinha me dado. Ele sabia que há 20 (vinte) anos eu militava na política e nunca fui convidado para fazer parte de uma conversa com um governador. Chegando lá, disse (a Zé Maranhão) o seguinte: que eu sabia que ele era um homem rico, que tinha muito dinheiro, mas que o dinheiro dele não me interessava.

[...] Há (???)... Se futuramente agente viesse a combinar alguma coisa seria através (???)... É (???)... De uma conversa aberta. E para que eu fizesse esse acordo com o governador seria necessário que eu tivesse conversado com aminha base, que são os vereadores Zé Valeriano, que eu tenho a maior estima, considero ele o mentor intelectual da minha candidatura a prefeito; Herculano que, por sinal, vem fazendo um brilhante trabalho na Câmara Municipal; Jerilene, um amigo assim leal; (Antônio) Caetano, que foi vereador comigo, uma pessoa correta; e Ubiracy. Esses são minha base política, além de diversos amigos que apoiavam a minha candidatura, me incorporaram.

Como o próprio mesmo diz, ele não é um 'novo' na política. Está nela há mais de 20 (vinte) anos. Audiberg, Herculano, Zé Valeriano, Caetano, Jarilene, Ubiracy, e, inclusive, este editor, sempre votaram sabem em quem? Will Rodrigues. Pois é. Só que antes das eleições municipais de 2008, o ex-prefeito foi massacrado dentro de seu próprio partido. Não lhe valeu nem um pouco de atenção os muitos benefícios conseguidos para o seu grupo. Em se tratando de emprego, não se conseguia nada sem o aval de Will.

E tem outra: nem adianta dizer que o governo de Will foi ruim, pois fomos nós que o elegemos. Se o governo não prestou (vejo como bom), saibam todos que Will era prefeito de direito mas de fato quem mandava e desmandava era o seu Secretário de Administração: Audiberg Alves. Se pergutarem a qualquer pessoa em Itaporanga sobre isso, a resposta é a seguinte: quando se chegava no gabinete do prefeito (Will) ele dizia que não podia mais bastava seguir para sala ao lado (a de Berguim) que a coisa era autorizada.

Sim, Zé Valeriano antes de vir para o grupo de Will já votou em José Silvino (prefeito de 1992-1996) e em Kátia Brasileiro (prefeita de 1996-2000), ele foi aliado do então deputado estadual Djaci Brasileiro.

Mas continuemos conferindo trechos da entrevista de Audiberg:

[...] Eu conversei com o governador, nós não (???)... Não (???)... Assim (???)... Apenas conversamos sobre política mas não tratamos de interesse de A ou de B, foi uma conversa boa, uma conversa amigável, até mesmo, porque eu não podia fazer acordo porquê (???)... Porque eu sou do PTB e eu devo também obediência ao meu partido.

[...] Eu tive dois grandes homens no meu palanque. Homens políticos, porque outros eu tive vários. Né... Eu tive Toim da Loja, uma pessoa séria; Mais político assim de peso mesmo, eu tive Armando Abílio e Antônio Porcino, que foram os únicos que foram pro palanque, fazer a minha campanha...

Rapaz, nessa hora me lembrei de como a política é realmente uma (???) [vou me dar ao luxo de esquecer o que ia dizer], vai que eu ofenda a política ai já viu a reclamação, é geral. Mas não posso de deixar de me recordar que de três anos atrás pra trás o (coitado) de Toinho da Loja não passava de um... (é melhor dizer ao próprio se ele quiser, ele tem direito de saber primeiro), para nós. Eu próprio até imaginava que fosse verdade. Antônio Porcino, vixe Maria, nem falo. Armando Abílo, pense! Mas é a tal da conveniência política.

Continuemos na entrevista se não, não termina hoje:

[...] Eu tenho o dever de marchar junto com o PTB, as determinações são do PTB. Hoje, o PTB não está definido ainda (em relação às eleições de 2010). Há uma conversa com Ricardo (Coutinho) e Armando tá tencionando uma vice-governadoria, eu dependo exclusivamente das determinações do PTB, principalmente, do PTB de Itaporanga.

[...] (eu e o governador) Não tratamos de barganha, não tratamos de, como é que diz (???)... De acordo. Não, apenas tivemos uma conversa amigável, até porque eu não conhecia ele de perto. Então tive essa oportunidade de ser convidado por ele (Zé Maranhão), da mesma forma que eu, Herculano, Zé Valeriano e Amando Abílio, fomos convidados por Ricardo (Coutinho).

[...] Então, eu acho que (???)... Que (???)... É (???)... É (???)... Até agora não tem nada definido no cenário político estadual. Tá muito embolado e misturado. Não tem que eu tomar essa decisão agora, vamos esperar primeiro eles (os candidatos) se decidirem pra agente decidir depois.
[...] Eu não fecho nada sem o Dr. Zé Valeriano, sem Herculano, Jarilene, Antônio Caentano e Ubiracy, tomem parte nisso. Quando houver uma decisão eles serão consultados até a decisão final.

Ao final da entrevista, Flávio José indagou ao ex-vereador como ele via o lançamento do nome de Herculano para ser candidato a deputado estadual em 2010:

[...] Eu acho correto às pessoas votarem em candidatos de nossa região. Eu, particularmente, prefiro votar num candidato da região. Não tenho interesse pra ver nenhum makin off, nem um candidato importado pra cá. Herculano é um nome bom. Agora, eu acho assim: agente tem que conversar porque você só adianta ir pra um pleito quando você tem uma chance de vitória. Né! Votar, por votar, só pra estragar a imagem isso tem que ser analisado com muita cautela, com o grupo, com muita seriedade. Mas é um nome bom, assim como o meu. Mais é preciso analisar direito.

Só como lembrança, o ex-vereador e cia, já sufragaram nas urnas os nomes de: Ruy Carneiro, Carlos Dunga, Dinaldo Wanderley (apoiado por Valeriano), Wellington Roberto, etc.

Pelo menos, parauma coisa a separação entre Audiberg, e sua base, e o ex-prefeito Will, e seu grupo, serviu: o ex-vereador agora fará acordos e ele próprio justica-os perante a opinião público. Já que antes o pobre de Will fica com o ônus, com o ônus e com o ônus. Mas de uma coisa tenho certeza, político nenhum voto em outro de graça. Antônio jamais apoio Audiberg, em 2008, só porque os óculos do ex-vereador são bonitos. Isso é conversa pra boi dormir. É até natural que em troca do apoio pra prefeito, em 2008, resultasse no apoio do prefeitável de ontem para o candidato ao Governo em 2010, que quem o apoiou.