Roberta Pereira agradece recondução ao comando do Conselho Tutelar e tece críticas a justiça e a falta de delegado em Itaporanga. "Está um caos!"

O programa Itaporanga em Foco, apresentado pelo editor e levado ao ar pela Rádio Correio do Vale AM ao meio-dia, teve a grata satisfação de receber neste sábado (21) a Delegada dos Direitos da Criança e do Adoslecentes do Vale do Piancó, Roberta Pereira reconduzida à Presidência do Conselho Tutelar de Itaporanga, ontem, pela quarta vez consecutiva.

Roberta agradeceu aos conselheiros Léo e Júnior pela recondução ao cargo e à população local pela confiança e grande apoio que tem dado durante esses quatros anos em que ela está no Conselho. "Nunca medi esforços para resolver os problemas que aparecem no Conselho, tudo de uma forma simples. Esta é minha última participação no Conselho, já que não posso mais ser eleita, após quatro vez, mas minha vontade de trabalhar é a mesma desde o início porque amo o trabalho que faço", disse.

Ela lembrou que a atual gestão colocou o órgão num local melhor estruturado e mais amplo, inclusive, adaptando-o à um abrigo de menores. A Prefeitura Municipal comprou móveis, material de escritório, computadores, etc. para a nova sede. "Agradeço ao prefeito por ter proporcionado essa melhora, pois o Conselho está numa sede incomparavelmente melhor do que em toda sua existência em Itaporanga", disse Roberta.

A Conselheira, ainda, fez uma revelação: de quê lutará agora pela melhoria salarial para os membros do Conselho. "Já estive conversando com o prefeito Djaci e a secretária Kátia sobre isso e eles disseram que no início do próximo ano pode conceder um aumento já que os conselheiros recebem apenas um salário, mas, tem um trabalho muito perigoso e que demanda tempo, onde temos que estar prontos à qualquer hora do dia ou da noite para atuarmos", declarou.

Roberta disse, ainda, que a cidade de Itaporanga tem um grande números de ocorrências devido o aumento da prostituição infantil, casos em que crianças não estão mais cobre o controle dos seus pais, etc. Há casos em que crianças já foram levadas para parentes, em outros estados, porque os pais perderam o controle sobre elas. No entanto, ela lembra que um grande problema é a justiça. "A justiça só trabalha atrás de um birô, dentro de um gabinete. E o papel, por exemplo, de um promotor de justiça é está atuando na rua junto com agente. Isso nós vamos sempre estar cobrando", dispara.

Roberta, inclusive, lembra que o atual promotor de Itaporanga, na cidade há apenas alguns dias, já teve uma conversa sobre o assunto. "Dr. Eduardo Tôrres é um promotor atuante mas o que atrabalha é que eles trabalham em regime de plantão. Ou seja, há plantões em que o promotor está lá em Cajazeiras e como é que ele vai ver o que está contecendo aqui? Então, nós dependemos muito da justiça porque não adianta fazer relatórios pra chegar lá e serem engavetados, o que faz o trabalho ser em vão", comenta.

Roberta Pereira finaliza dizendo que independente da justiça o Conselho Tutelar tem feito seu trabalho mas aumenta nas críticas quanto a outro problema vivenciado pela cidade: a falta de um delegado. "Itaporanga está sem delegado há um bom tempo, nunca vi uma coisa dessa. Tudo isso dificulta o trabalha do Conselho. E aí agente faz o que pode. Esta cidade não pode ficar sem delegado, onde já se viu o caos desse?", concluiu.

Apesar da falta de delegado, a Presidente do Conselho Tutelar agradece o apoio que os policiais Civil e Militar sempre tem destinado quando há ocorrências. "Eles nos ajudam bastante".